Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/10/2005
As baterias de lítio são os motores dos implantes médicos, desde os tradicionais marca-passos até os estimuladores eletrônicos operando em terminações nervosas individuais, que, se espera, logo poderão ajudar a resolver problemas como mal de Parkinson, surtos epilépticos e incontinências.
Mas, mesmo sendo duráveis, um dia elas se descarregam, exigindo uma nova cirurgia somente para a troca das pilhas. E o seu tamanho é adequado aos implantes atuais: graças à miniaturização da eletrônica, os cientistas já estão começando a desenvolver implantes microscópicos, capazes de atuar em terminações nervosas individuais. Esses implantes do futuro exigirão baterias muito menores.
Para permitir a criação dessa nova tecnologia, as novas baterias de lítio deverão ser muito menores, durar ainda mais e aceitar a recarga sem a necessidade de troca, o que eliminará a necessidade das cirurgias "de manutenção".
Agora, a equipe do professor Robert West, da Universidade Wisconsin-Madison, Estados Unidos, criou uma nova geração de baterias de lítio que poderá resolver todos estes problemas.
Utilizando compostos conhecidos como organosilicatos, os cientistas desenvolveram uma nova geração de baterias de lítio que dura mais de duas vezes o tempo das baterias atuais e podem ser muito menores.
Os pesquisadores demonstraram a nova tecnologia em um protótipo de microestimulador, do tamanho de uma ponta de caneta, que poderá ser implantado próximo a nervos que apresentam problemas de estimulação, justamente o que acontece na epilepsia, mal de Parkinson e incontinências.
"A idéia é que, onde quer que você tenha uma conexão nervosa interrompida, você possa suprir o impulso elétrico para completar o circuito," explica o Dr. West.