Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/03/2003
Por onde se olha hoje a tecnologia digital está tomando espaço. Em fotografia, as câmeras digitais já são as mais vendidas. Controles digitais e telas digitais já são o padrão adotado desde os fornos de microondas até os relógios de pulso. No campo do áudio, CDs e DVDs deixaram os antigos discos de vinil para a história.
Mas a tecnologia analógica continua a dominar no campo dos amplificadores de áudio. Mas isso talvez não continue por muito tempo. Hoje, amplificadores baseados em princípios digitais já têm um profundo impacto no tamanho e na eficiência dos equipamentos. E eles começam a ditar o padrão de qualidade do som.
Conhecidos como amplificadores Classe D, esses equipamentos têm o potencial para uma extraordinária eficiência com um gasto mínimo de energia. Isto significa que eles podem ser pequenos e leves, sem a necessidade de pesados dissipadores para liberar energia desperdiçada. O resultado é um amplificador de 500 watts que cabe na palma da mão e equipamentos portáteis que funcionam muito mais tempo com o mesmo conjunto de pilhas.
A propósito, o D de "Classe D", não significa digital. Coincidência ou não, o D é a próxima letra disponível na classificação de amplificadores. O que distingue a classe D das demais é que seus transistores de potência são sempre operados totalmente ligados ou totalmente desligados. Esta é a única e completa definição de um amplificador classe D e é a razão pela qual eles são tão eficientes, tipicamente ao redor de 90 por cento da potência nominal.
No número de Março da revista da IEEE, o engenheiro Bruno Putzeys descreve os amplificadores classe D em detalhes, diferenciando-os dos amplificadores convencionais.
Mas é bom lembrar que os puristas ainda hoje utilizam os amplificadores a válvula. Segundo eles, somente o equipamento valvulado é capaz de fornecer um som realmente limpo e "encorpado".