Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/12/2011
Reunião
O Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT) aprovou a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) para o quadriênio 2012-2015.
Em uma reunião tipicamente política, o único "resultado concreto" parece ter sido a própria realização da reunião, colocando juntas autoridades do primeiro escalão para discutir o assunto.
O CCT tem a missão de assessorar o presidente da República para a formulação e a implementação da política nacional de desenvolvimento científico e tecnológico.
O colegiado é composto por 13 ministros, oito produtores e usuários de ciência e tecnologia e seis representantes de entidades nacionais dos setores de ensino, pesquisa e C&T.
Agora, cinco comissões correspondentes aos eixos de sustentação da Encti e de cada um dos programas prioritários trabalharão para detalhar as linhas de ação previstas:
Comentários e propostas
Foi aprovado um manifesto - uma petição - pela destinação de pelo menos um terço dos royalties do petróleo às áreas de educação e C,T&I.
O texto também trata das dimensões de gênero - com estímulo a uma maior presença de mulheres nas atividades e instâncias da área - e de desenvolvimento regional, com ênfase na Amazônia e na Região Nordeste.
Outras preocupações com destaque nas falas dos participantes foram quanto à sustentação financeira para o sucesso da estratégia nacional e ao marco legal do setor, em discussão no Congresso Nacional.
Várias intervenções diziam respeito às regras em torno da prática científica, pedindo mais agilidade no acesso ao patrimônio genético e na importação de materiais, por exemplo.
Partiu da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) a proposta de que o plenário se manifestasse contra o Projeto de Lei Substitutivo 448, sobre os recursos petrolíferos, aprovado pelo Senado e em análise na Câmara.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) sugeriu esforços para despertar o interesse científico, em especial dos jovens.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) mostrou preocupação com a educação e a capacitação dos trabalhadores, para que novas tecnologias não resultem em desemprego. A Braskem pediu mais incentivo para investimento direto das empresas em P&D.
A urgência de aprovar o novo Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação foi destacada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). A Coteminas sugeriu uma nova fonte de recursos: uma lei de incentivo fiscal nos moldes das existentes nas áreas da cultura e do esporte.