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Eletrônica

Transmissão magnética de dados pelo corpo humano

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/09/2015

Transmissão magnética de dados pelo corpo humano
Os dados viajam pelo corpo humano, não sendo detectáveis no ambiente em volta, o que promete aumentar a privacidade na transmissão de dados dos computadores de vestir.
[Imagem: JSE/UC San Diego]

Comunicação corporal

As técnicas de comunicação sem fio atuais - Wi-Fi, Bluetooth etc - não são as mais adequadas para a parafernália eletrônica usada junto ao corpo, incluindo celulares, relógios digitais e os esperados computadores de vestir.

Esses aparelhos pessoais precisam trocar sinais usando frequências que possam viajar facilmente através do corpo humano. Mas o Bluetooth e outras técnicas usam radiação eletromagnética para transmitir dados, e esses sinais de rádio são fortemente absorvidos pelo corpo humano.

A saída até agora tem sido aumentar a potência de transmissão para superar essa obstrução dos sinais - tecnicamente conhecida como "perda de rota" - mas isso tem um custo elevado demais em termos de consumo das baterias.

Transmissão magnética de informações

Jiwoong Park, da Universidade da Califórnia em San Diego, acredita ter encontrado uma solução melhor: transmitir dados por meio de sinais magnéticos, que viajam muito bem através de tecidos biológicos - a perda de rota dos sinais é 10 milhões de vezes menor do que a ocorrida pelos sinais de rádio.

Por enquanto é apenas uma prova de conceito, mas a energia necessária para transmitir os dados é tão pequena que os efeitos sobre as baterias são bem fáceis de sentir - os efeitos sobre a saúde também devem ser insignificantes, já que a energia é menor do que a usada por implantes médicos sem fios.

O mecanismo de comunicação também é mais seguro, uma vez que a comunicação magnética propaga-se pelo corpo humano, enquanto uma transmissão Bluetooth equivalente pode ser detectada a pelo menos 10 metros da pessoa.

As bobinas de transmissão precisam ser circulares, podendo assumir a forma de braceletes ou colares - mas isto as torna inadequadas para serem coladas em sensores tipo curativos, como os usados para monitorar a saúde, por exemplo.

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