Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/01/2009
As tempestades solares são as mais poderosas explosões no Sistema Solar. Uma dessas erupções gigantescas chega facilmente a uma potência equivalente a 100 milhões de bombas de hidrogênio.
Uma potência assim pulveriza qualquer coisa nas suas proximidades. Nem um único átomo permanece intacto.
Pelo menos era assim que a coisa parecia funcionar.
Tsunami espacial
Mas as espaçonaves gêmeas STEREO (Solar TErrestrial RElations Observatory) detectaram uma verdadeira "tsunami espacial" formada por átomos de hidrogênio em perfeito estado, emergindo de uma tempestade solar de proporções gigantescas.
Na "escala Richter" das tempestades solares, a gigantesca erupção atingiu o nível X9, o que a coloca na ranking das maiores tempestades solares dos últimos 30 anos.
Onda de hidrogênio
Ao chegar à Terra, a onda de partículas continha unicamente átomos de hidrogênio e de nenhum outro elemento, nem mesmo hélio, o segundo elemento mais abundante no Sol. A onda de hidrogênio puro durou 90 minutos.
Os átomos de hidrogênio "neutros" - que não apresentam carga, como os íons - foram uma surpresa para os cientistas.
Depois de um intervalo de 30 minutos, chegou uma segunda onda, esta sim, composta pelos "átomos quebrados" que as tempestades solares geralmente produzem - prótons e íons de hélio, oxigênio e ferro.
Recombinação atômica
A descoberta irá forçar os cientistas a reverem suas teorias, além de acrescentar elementos novos no entendimento do que são as tempestades solares e do que pode acontecer em seu interior.
Uma primeira suposição é a de que as partículas emergiram da tempestade solar e começaram sua viagem rumo à Terra "em pedaços," como prótons e elétrons. No caminho, eles se juntaram por meio de algum processo de recombinação radioativa e troca de cargas por meio do qual os átomos de hidrogênio foram formados.