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Especial Telescópios: Telescópio Sólido

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/12/2014

Especial Telescópios: Telescópio Sólido
Todo o telescópio consiste em uma única lente com revestimentos especiais nos dois lados.
[Imagem: Alberto Riva]

Especial Telescópios

Se o ano passado foi pródigo no lançamento de ideias para novas tecnologias de microscópios, este ano foi marcado por igual ímpeto no campo dos telescópios.

Neste especial, o Site Inovação Tecnológica publicará uma série de reportagens com as ideias mais promissoras para novos telescópios.

Assim como os astrônomos querem sempre olhar mais longe, estas ideias estão focadas mais distante no tempo, no futuro, algumas delas dependendo de tecnologias ainda por serem desenvolvidas.


Telescópio Sólido

O telescópio sólido proposto por Alberto Riva, do Observatório Astrofísico de Turim, na Itália, é bem prático e já existe em escala de protótipo.

Ele usa múltiplas reflexões entre as duas superfícies de uma única lente, devidamente polidas e revestidas.

A ideia dos telescópios sólidos foi originalmente proposta em 1936 e a primeira tentativa de implementação foi feita em 1963 por Arthur De Vany, mas os resultados foram insatisfatórios porque a tecnologia ainda não havia alcançado os níveis necessários.

Com as técnicas estado da arte atuais de revestimento e modelagem de lentes, além da disponibilidade de materiais inovadores, a maior parte das dificuldades conhecidas agora já podem ser superadas, garante Riva.

"Nosso telescópio sólido contém todas as superfícies ópticas em um único objeto, ou seja, no vidro. Nós construímos o nosso telescópio polindo apenas duas superfícies (S1 e S2), que são superfícies do mesmo pedaço de vidro," explica ele.

A luz entra através de S1 até as regiões marcadas como A no diagrama, e é então refletida duas vezes, por S1 e S2, dentro do vidro da lente - nas regiões anelares marcadas como R1, R2, R3 e R4.

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"Nós colocamos um revestimento refletor sobre a parte central de S1 e um revestimento transmissivo na parte externa da superfície. Ao contrário, S2 tem uma região central transmissora e uma externa reflexiva. O feixe de luz sai da lente na região central (E) de S2," explica ele.

E qual é a vantagem de um telescópio sólido? A simplicidade, o fato de ele ser extremamente compacto e, por se resumir a uma única lente, uma estabilidade muito elevada.

"Um dos usos potenciais mais promissores para o nosso projeto é como uma solução para os problemas comuns que ocorrem pelas vibrações durante o lançamento das missões espaciais. Nós agora planejamos realizar mais pesquisas sobre os nossos materiais de revestimento e nos concentrarmos em tecnologias inovadoras específicas, como pulverização por feixes de íons ou deposição assistida por plasma," finalizou Riva.

Bibliografia:

Artigo: A new and efficient tool for optical designs
Autores: Alberto Riva
Revista: SPIE Optics East 2006 Conference Proceedings
DOI: 10.1117/2.1201409.005551
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