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Telescópio Hubble fotografa choque de asteroide com Júpiter

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/07/2009


O Novo Telescópio Hubble fez sua primeira imagem científica desde que ele recebeu um upgrade total pelos astronautas do ônibus espacial Atlantis, em Maio deste ano - veja Por que o Telescópio Espacial Hubble ainda não voltou a funcionar?.

Calibração do Hubble

O trabalho de calibragem e verificação do Hubble, previsto para durar até Setembro, foi interrompido para que ele pudesse fazer às pressas uma foto do impacto sofrido por Júpiter no último dia 19 de Julho - um fenômeno extremamente raro e que somente foi percebido graças ao trabalho do astrônomo amador Anthony Wesley.

Telescópio Hubble fotografa choque de asteroide com Júpiter
Imagem do local do impacto de um asteroide em Júpiter, ocorrido no último dia 19 de Julho.
[Imagem: NASA, ESA, and H. Hammel (Space Science Institute, Boulder, Colo.), and the Jupiter Impact Team]

Os cientistas do Hubble acharam que, mesmo sem estar totalmente em forma, o telescópio mais famoso do mundo não poderia deixar de auxiliar no estudo do impacto. O resultado não decepcionou. A imagem capturada supera largamente todas as outras feitas na faixa da luz visível, mesmo com a sua câmera ainda descalibrada.

Detritos do impacto

A imagem foi capturada ontem, dia 23. A presença da nuvem de detritos na atmosfera de Júpiter dá uma dimensão do impacto, que se acredita ter sido feita por um cometa ou asteroide, com dimensões de centenas de metros, e que deve ter-se vaporizado ao atingir o planeta.

"A capacidade de imageamento verdadeiramente impressionante do Hubble revelou uma riqueza incrível de detalhes do local do impacto," disse Heidi Hammel, do Space Telescope Science Institute. "Combinando estas imagens com os nossos dados obtidos a partir do solo em outros comprimentos de onda, nós teremos um entendimento do que exatamente está acontecendo com os detritos gerados pelo impacto.

Evento de Tunguska

Os cientistas calculam que o objeto que se chocou com Júpiter tinha a dimensão equivalente a vários campos de futebol. A força da explosão foi milhares de vezes mais forte do que o cometa ou asteroide que se suspeita ter atingido a região de Tunguska, na Sibéria, em 1908.

O evento de Tunguska, por sua vez, gerou uma energia cerca de mil vezes superior à da bomba atômica que devastou Hiroshima, destruindo cerca de 80 milhões de árvores em uma área de 2.150 quilômetros quadrados.

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