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Especial Telescópios: Telescópio de Poeira Inteligente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/12/2014

Especial Telescópios: Telescópio de Poeira Inteligente
O telescópio poderia ser formado por uma ou por várias nuvens de poeira inteligente trabalhando de forma coordenada.
[Imagem: Marco Quadrelli/NASA JPL]

Lentes flutuantes no espaço

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Rochester e do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA estão estudando a ideia de um novo tipo de telescópio espacial com uma abertura feita de enxames de partículas liberadas no espaço por uma lata de spray e controladas por um laser.

Essas lentes flutuantes seriam maiores, mais baratas e mais leves do que os sistemas convencionais usados nos telescópios espaciais, como o Hubble e o James Webb.

A NASA está financiando a segunda fase deste projeto, chamado "Arco-íris em Órbita", através do seu Programa de Conceito Inovadores Avançados.

A ideia é combinar a óptica espacial e a "poeira inteligente", também conhecida como "sistema robótico autônomo". A poeira inteligente é feita de um fotopolímero ou de um plástico sensível à luz, com um revestimento metálico.

"Nossa motivação é fazer um telescópio no espaço com uma abertura muito grande e que é muito caro e difícil de fazer com as técnicas normais," disse Grover Swartzlander, coordenador do projeto.

"Você não precisa ter um telescópio de massa contínua para fazer astronomia - ele pode ser distribuído em uma ampla distância. Nosso conceito pode oferecer uma forma muito barata e fácil de obter uma ampla cobertura, algo que você não poderia fazer com uma abordagem do tipo daquela do telescópio James Webb," acrescentou ele.

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Poeira inteligente

Enxames de grãos de poeira inteligente se coordenando, ou coordenadas à distância por lasers, para formar lentes únicas ou múltiplas, poderiam crescer e atingir de dezenas de metros a milhares de quilômetros de diâmetro.

De acordo com Swartzlander, a resolução e os detalhes sem precedentes desse telescópio quase gasoso poderiam ser suficientes para detectar nuvens em exoplanetas.

"Esta é realmente a próxima geração. Está a 20, 30 anos no futuro. Estamos no primeiro passo," ressalvou ele.

Mas parece ser um passo com os pés no chão: é bom lembrar que, aqui embaixo, cientistas já construíram uma "matéria óptica" e materiais invisíveis, ambos com partículas unidas apenas por luz.

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