Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/04/2011
Indeciso entre uma TV de LCD, plasma ou LED?
Se você não se decidir logo, poderá se defrontar com uma gama de opções ainda maior num futuro próximo.
Um grupo de pesquisadores norte-americanos prevê que muito brevemente as telas de nanotubos de carbono deverão se tornar a mais nova opção em telas de alta definição, com alta qualidade de imagem e menor consumo de energia.
Telas de OLEDs
O novo estudo mostrou que os transistores feitos de nanotubos de carbono consomem menos energia do que os transistores de silício, mesmo mantendo os níveis de brilho alcançados com os componentes atuais.
São os transistores que controlam a emissão de luz dos pixels individuais da tela.
O achado dá novo impulso aos esforços que visam tornar as telas de LEDs orgânicos, ou OLEDs, mais duráveis e mais eficientes energeticamente.
Os OLEDs já estão se tornando uma tecnologia interessante para a produção de telas de alto brilho, que equipam telefones celulares, TVs e monitores de computador.
No atual estágio, eles são rápidos, leves e consomem menos energia do que, por exemplo, a tradicional tecnologia LCD.
Contudo, ainda exigem altas tensões para funcionar - eventualmente, a única limitação para que ainda não tenham se tornado a tecnologia preferida dos fabricantes.
Transistores de nanotubos de carbono
Agora, Mitchell McCarthy e seus colegas mostraram que os transistores de nanotubos de carbono são uma alternativa promissora para resolver essa deficiência.
A maioria das telas de LEDs orgânicos tem a mesma base: um transístor de filme fino feito de silício. O transístor alimenta um sanduíche de materiais orgânicos encapsulados por dois eletrodos metálicos.
Os transistores injetam corrente elétrica, por meio dos eletrodos, em suas respectivas pilhas de materiais orgânicos, que emitem os brilhantes feixes de luz que podem ser vistos na tela - os pixels.
Os pesquisadores chamaram seu novo transístor de CN-VOLET - carbon nanotube enabled vertical organic light-emitting transistor, transístor emissor de luz orgânico vertical otimizado por nanotubos de carbono.
Dissipação de potência
Para fazerem seu trabalho, os transistores precisam ser alimentados com uma determinada tensão.
O que os pesquisadores demonstraram agora é que os transistores de nanotubos de carbono precisam de uma tensão menor - medida em volts - para transmitirem sua corrente - medida em miliamperes.
E eles fazem isto sem comprometer o brilho emitido pela seção ativa do LED - medido em candelas por área.
Levando em conta todas essas medições, chega-se a um indicador, chamado dissipação de potência parasita, que mede, em termos gerais, a energia que o componente desperdiça para fazer seu trabalho.
Enquanto um OLED tradicional desperdiça entre 51 e 53% da energia que recebe, o CN-VOLET perde apenas 6% dessa energia.
Com isto, será possível construir telas com o mesmo brilho obtido hoje, consumindo menos energia.