Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/06/2016
Reparo acelerado
Um novo processo de fixação de colunas danificadas de pontes e viadutos consegue resolver em alguns dias um problema que hoje exige a interrupção das vias por meses.
Sejam causadas por um acidente, deslizamento de terra ou terremoto, a quebra ou fragmentação de colunas é um processo crítico que não obedece a critérios de urgência.
Isto pode mudar com o trabalho da equipe do professor Chris Pantelides, da Universidade de Utah, nos EUA, que desenvolveu um novo processo de fixação de colunas que pode ser feito em poucos dias.
"Com este projeto e com este processo, é muito mais fácil e mais rápido para os engenheiros e equipes reconstruírem uma cidade devastada por um terremoto, de modo que estradas críticas permaneçam abertas para veículos de emergência," diz ele.
Reparos para pontes e colunas
Se uma ponte sobrevive a um colapso e se suas colunas puderem ser reparadas, os engenheiros normalmente desbastam o concreto, substituem todos os vergalhões de aço e aros dobrados e, em seguida, despejam concreto novo em um molde de aço que é construído em torno da coluna. Este é um processo demorado que deixa a ponte inutilizável por meses até que o reparo seja concluído.
O novo processo envolve a criação de "reparos", anéis de concreto revestidos com um material compósito, que são construídos em torno da parte inferior e superior de cada coluna. O material é um polímero reforçado com fibra de carbono que é mais forte do que o concreto e o aço.
Primeiro, reforços de aço são colocados em furos apropriados em torno da coluna e protegidos com epóxi. Em seguida, as duas metades de um molde circular fino de compósito - menos de um centímetro de espessura - são colocadas em torno da coluna e unidas, permitindo o lançamento do concreto.
O resultado é uma coluna reparada com aproximadamente a mesma integridade estrutural da coluna original, diz Pantelides.
"A forma circular lhe dá a melhor força para a quantidade de material que você está usando. As tensões são distribuídas igualmente por toda a periferia," diz ele. "Com este método, se houver terremotos ou tremores secundários, a ponte vai sobreviver e novos danos ocorrerão adjacentes ao reparo. Isto dá à ponte uma segunda vida."
O processo também pode ser usado para equipar pontes já construídas para torná-las mais seguras contra terremotos ou em colunas danificadas em edifícios.