Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/03/2015
Tatuagem ou pele, desde que eletrônicas
As peles eletrônicas e, mais recentemente, as tatuagens eletrônicas, têm sido exploradas como um conceito que leva ao limite a ideia das roupas inteligentes e dos computadores de vestir.
Martin Weigel e seus colegas das universidades de Saarland (Alemanha) e Carnegie Mellon (EUA) criaram uma nova versão dessa tecnologia que, embora se pareça em tudo com uma tatuagem eletrônica, foi batizada de iSkin.
Cada tatuagem é impressa sobre materiais finos, flexíveis, biocompatíveis e esticáveis, o que lhes dá robustez e permite que sejam usadas sem atrapalhar as atividades do dia a dia e sem fazer mal à saúde.
Podendo ser fabricada em qualquer formato, cada iSkin é formada por uma matriz de sensores, tanto capacitivos, quanto resistivos, que permitem a detecção do toque por dois níveis de pressão em cada ponto.
O circuito permite simular tudo o que se faz em uma tela sensível ao toque ou usando o mouse, incluindo controles deslizantes e o funcionamento da roda central do rato. Mesmo um teclado inteiro pode ser ser impresso em uma tatuagem adequada.
Pele sem fios
Os protótipos permitem um controle quase total de telefones celulares, relógios inteligentes e computadores, mas o apelo é particularmente forte para os aparelhos portáteis, permitindo uma interação discreta em qualquer ambiente e aumentando a interface de aparelhos muito pequenos.
A ideia da equipe é que os usuários possam projetar suas próprias iSkins no computador - no desenho e formato mais adequado ao gosto de cada um - e mandar imprimi-las.
O inconveniente, no atual estágio de desenvolvimento, é que as tatuagens eletrônicas são ligadas aos aparelhos por um cabo. Weigel afirma que a equipe já está trabalhando na inserção de circuitos de transmissão sem fios para as próximas versões.