Tato robótico: Sensor identifica texturas como uma mão humana

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/12/2023

Estrutura do sensor e a mão robótica usada para testá-lo.
[Imagem: Chuan Fei Guo]

Sensor de tecidos

Uma equipe internacional de pesquisadores apresentou um sensor artificial que consegue reconhecer texturas finas de tecidos, como veludo cotelê e lã, com alta resolução.

Os resultados da leitura do sensor foram semelhantes aos obtidos pelo toque humano, feito com a ponta dos dedos de voluntários.

Tamanha sensibilidade em um sensor artificial promete melhorar as capacidades dos robôs para sentir texturas e desenvolver sensações sutis, bem como melhorar as próteses de membros humanos e otimizar as interações nos ambientes de realidade virtual, além de aplicações na automação industrial.

A tecnologia - um sensor de deslizamento flexível - imita as características de uma impressão digital humana, permitindo que o material reconheça pequenas saliências nas texturas das superfícies conforme o sensor toca ou desliza sobre essa superfície.

Combinado com aprendizado de máquina, o sensor foi capaz de identificar 20 tecidos diferentes, incluindo linho, náilon, poliéster e algodão, com até 100% de precisão.

Comparação entre o tato humano e o tato robótico.
[Imagem: Ningning Bai et al. - 10.1038/s41467-023-42722-4]

Sensor texturizado

Ao deslizarmos suavemente um dedo na superfície de um objeto, nós o identificamos pelo tato capturando a pressão estática e as vibrações de alta frequência que sentimos. Tentativas anteriores para criar sensores táteis artificiais capazes de detectar estímulos físicos - como pressão - mostraram-se limitadas em sua capacidade de identificar objetos do mundo real ao toque ou exigiam o uso simultâneo de vários sensores.

Uma das maiores inovações da equipe para detectar texturas sutis dos objetos consistiu justamente em texturizar o próprio sensor, criando camadas que imitam as ondulações que formam nossas digitais, capturando um elemento extra de informação.

A criação de um sistema sensorial artificial, que opera em tempo real, com alta resolução e com elevada sensibilidade espaço-temporal, deverá fazer a diferença em uma infinidade de campos de aplicação, prevê a equipe.

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