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Sistema europeu Galileo ajudará pesquisas espaciais brasileiras

Com informações da Agência Brasil - 31/07/2018

Sistema europeu Galileo ajudará pesquisas espaciais brasileiras
O sistema europeu Galileo terá 30 satélites até 2026.
[Imagem: ESA/P. Carril]

Melhor e gratuito

Em operação desde o ano passado, o sistema global de navegação por satélites chamado Galileo, montado pela Europa, tem como meta alcançar a liderança mundial de localização e orientação de objetos e pessoas.

O diferencial, em comparação ao GPS norte-americano, ao russo Glonass e ao chinês Beidou, é que o sistema europeu é gratuito e mais minucioso e detalhista na localização de pontos geográficos.

A União Europeia está discutindo com a Agência Espacial Brasileira (AEB) o fornecimento dos dados do sistema Galileo para pesquisas espaciais e rastreamento de pontos que necessitem de localização em todo o território brasileiro, especialmente na Amazônia e no Oceano Atlântico, segundo o chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, embaixador João Gomes Cravinho.

"Com exceção do envio e o recebimento de informações sigilosas, que são resguardadas por um mecanismo de criptografia, os demais serviços do Galileo constituem um serviço público disponibilizado gratuitamente para toda a sociedade," disse Cravinho.

Segundo ele, além da comunicação criptografada, o Galileo já está disponibilizando para a polícia, corpos de bombeiros e outras corporações de segurança um serviço de busca e salvamento.

Galileo superior ao GPS

O Galileo é claramente superior aos outros sistemas no que se refere a detalhamentos geográficos. Enquanto o GPS demora de duas a quatro horas para localizar um objeto em um raio de 10 quilômetros, o Galileo leva apenas dez minutos para executar o mesmo trabalho em um raio de 2 quilômetros.

"Essa diferença de tempo é crucial pois, em muitos casos, a agilidade é decisiva para salvar uma pessoa em um barco à deriva no meio do oceano ou uma criança perdida em uma caverna ou no meio da floresta.

"O Galileo tem um duplo sinal. Ou seja, enquanto os demais sistemas trabalham com um sinal, o Galileo tem o recurso de corrigir a localização, pois emite um segundo sinal, evitando qualquer possibilidade de erro de orientação e de localização," disse o embaixador.

Galileo

Até o momento, já foram investidos US$ 8 bilhões para a implantação do sistema de geolocalização europeu. Até 2026, o Galileo exigirá investimentos adicionais de US$ 11 bilhões.

Com esses recursos, os países europeus colocaram 22 satélites a uma distância média de 22 mil quilômetros da terra. Em breve, haverá mais 8 satélites, totalizando 30.

O Galileo também será essencial para viabilizar o uso dos carros sem motorista.

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