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Governo cria o SisNano - Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias

Com informações do MCTI - 11/04/2012


SisNano

Pesquisadores e empresas já podem contar com o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que acaba de ser oficializado pelo governo.

O SisNano visa desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala.

A iniciativa tem também como objetivo promover o avanço científico e tecnológico e a inovação na área, além de otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada, promover a formação de recursos humanos e capacitar o país a desenvolver programas de cooperação internacional.

Laboratórios estratégicos e associados

O sistema será formado por duas categorias de laboratórios, estratégicos e associados.

Os Laboratórios Estratégicos são laboratórios do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) nos quais a utilização dos equipamentos é disponibilizada a usuários externos, numa fatia nunca inferior a 50% (cinquenta por cento) do tempo de máquinas.

Apesar disso, eles são totalmente financiados pelo MCTI e terão forte missão educacional no âmbito das nanociências e das nanotecnologias.

Os Laboratórios Associados ao SisNano são laboratórios especializados, localizados nas universidades e institutos de pesquisa, nos quais uma fração mínima de 15% do tempo dos equipamentos será disponibilizada a usuários externos à instituição.

Difusão do conhecimento em nanotecnologia

Em sequência à criação do SisNano, a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação realizou uma reunião com os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), ligados ao desenvolvimento da nanotecnologia no Brasil, para ampliar a difusão do conhecimento coletivo entre os órgãos e dar início a um plano de divulgação das ações.

No total, 16 institutos, todos ligados à nanotecnologia, enviaram seus principais pesquisadores e equipes para apresentarem propostas de ações para o plano de divulgação.

"A proposta é ter contato com o que os institutos estão desenvolvendo para, em seguida, começar a estabelecer um material de divulgação da Nanociência e Nanotecnologia para o público em geral, jovens estudantes e empresariado brasileiro," disse o secretário Adalberto Fazzio.

O secretário salientou a necessidade dos diversos laboratórios definirem um tempo a ser aberto para a comunidade utilizar e participar nas áreas definidas como prioritárias.

Ele salientou que os laboratórios vinculados ao SisNano terão prioridade. "Isso funcionará a parte das ações do MCTI. Mas certamente os laboratórios que estiverem vinculados e associados a estes programas terão prioridade com base em critérios, expertise, competência, mérito e região de atuação".

O governo federal ainda deverá anunciar o Comitê Executivo de Nanotecnologia, com participação de nove ministérios.

Objetivos do SisNano

Veja a lista de objetivos do SisNano:

  1. estruturar a governabilidade para as nanotecnologias;
  2. desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala;
  3. promover no País o avanço científico e tecnológico e a inovação ligados às propriedades da matéria na nanoescala;
  4. otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada e as atividades ligadas à inovação na nanoescala, servindo como suporte ao avanço acelerado do País na área estratégica de nanotecnologias, dotando o País de infraestrutura no mínimo equivalente aos países mais adiantados na área e de formas de operação adequadas à participação de todos os atores relevantes nesse processo;
  5. consolidar e ampliar a pesquisa em nanotecnologias, expandindo a capacitação científica e técnica necessária para explorar os benefícios resultantes dos desenvolvimentos associados e suas implicações tecnológicas em: nanofabricação, desenvolvimento e aplicação de nanopartículas, instrumentação em nanociência e nanotecnologia, processos em nanoeletrônica, nanotoxicologia, energias renováveis e limpas, nanobiotecnologia, nanocompósitos, nanofármacos, nanossensores, nanoatuadores e materiais nanoestruturados;
  6. universalizar o acesso da comunidade científica, tecnológica e de inovação do País à infraestrutura avançada para produção e caracterização de nanoestruturas e produtos finais, utilizando propriedades da nanoescala e materiais baseados nessas propriedades;
  7. capacitar o País a desenvolver programas de cooperação internacional em condições de igualdade com os parceiros atualmente mais desenvolvidos na área, sempre tendo em vista os grandes objetivos nacionais;
  8. desenvolver programas de cooperação internacional junto aos países do Mercosul, objetivando à formação de recursos humanos, à promoção de reuniões conjuntas e à troca de experiências na área de nanotecnologias; e
  9. promover a formação, capacitação e fixação de recursos humanos, a educação em nanotecnologias e sua divulgação.

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