Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/02/2016
Computadores inteligentes
O memristor é o quarto componente fundamental da eletrônica, por muito tempo considerado o elo perdido da eletrônica por ser capaz de viabilizar a construção de computadores que aprendem.
Embora tecnicamente semelhante aos resistores, a resistência elétrica em um memristor é dependente da carga elétrica que passa através dele, o que significa que ele altera constantemente suas propriedades em resposta a um sinal externo.
Ou seja, um memristor tem uma memória e, ao mesmo tempo, é capaz de modificar os dados codificados por seu estado de resistência. É isto que torna o memristor similar a uma sinapse, uma conexão entre neurônios no cérebro, capaz de modificar a eficiência da transmissão dos sinais sob a influência da própria transmissão - uma "plasticidade eletrônica", que permite construir redes neurais "verdadeiras".
Agora, esses componentes ficaram ainda mais próximos de seus análogos biológicos.
Memristores orgânicos
Uma equipe da Rússia e da Itália levou os princípios da eletrônica orgânica para esses novos componentes promissores, construindo memristores poliméricos, ou orgânicos.
Usando uma solução de polianilina, um substrato de vidro e eletrodos de cromo, a equipe construiu uma rede neural feita inteiramente de memristores plásticos.
Em comparação com os padrões da eletrônica, os memristores plásticos ainda são enormes, batendo na faixa dos milímetros.
Mas a equipe ressalta que já é o suficiente para pensar em sua utilização em alguns nichos, como visão de máquina, sintetização de voz e outros sistemas sensoriais, e também para sistemas de controle inteligentes em vários campos de aplicação, incluindo robôs autônomos.