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Espaço

Fim do silêncio de rádio na reentrada

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/02/2016

Fim do silêncio de rádio na reentrada
O aparelho de teste consiste em um escudo de calor com um transmissor, tudo exposto a um plasma com milhares de graus de temperatura.
[Imagem: DLR]

Comunicação na reentrada

A reentrada na atmosfera de um planeta é uma das fases mais críticas de qualquer missão espacial.

A enorme quantidade de calor gerado pelo atrito com a atmosfera gera um plasma eletricamente carregado que flui em volta da nave.

Esse plasma bloqueia os sinais de rádio, fazendo com que a nave seja incapaz de se comunicar com a estação terrestre durante vários minutos.

Como resultado, informações críticas que possam contribuir para o sucesso ou o fracasso de uma missão não ficam disponíveis nesse período mais crítico.

Depois de décadas de buscas por uma solução, engenheiros da Agência Espacial Alemã (DLR) e da Universidade de Stanford finalmente parecem ter encontrado um meio de resolver este problema.

Túnel de plasma

A equipe conseguiu recriar condições de teste realistas usando um túnel de vento aquecido por um arco voltaico, que vem sendo usado pela DLR para testar tecnologias hipersônicas.

O aparelho desenvolvido pela equipe consiste em um escudo de calor, similar aos usados nas espaçonaves, um transmissor de rádio devidamente protegido pelo escudo e uma antena especial.

O escudo foi então exposto ao fluxo de plasma aquecido a vários milhares de graus e uma antena externa foi instalada para tentar receber os sinais de rádio emitidos pelo conjunto.

E funcionou.

Campo elétrico pulsado

A chave para a nova técnica foi criar um campo elétrico negativo em volta da antena do transmissor. A tensão negativa desvia o fluxo de plasma ionizado, abrindo assim uma janela para os sinais de rádio.

A janela não pode ser mantida aberta continuamente, exigindo o uso de uma tensão pulsada, com intervalos de poucos milissegundos, o que se mostrou suficiente para permitir a transmissão e a recepção de dados.

A equipe agora pretende otimizar o funcionamento do equipamento, ainda no túnel de plasma, e então desenvolver um protótipo que possa ser testado em um veículo espacial.

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