Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/06/2013
Onda de calor
Físicos austríacos e italianos usaram um gás quântico para comprovar experimentalmente uma nova forma de propagação de calor - uma onda de temperatura.
Abaixo de uma temperatura crítica, certos fluidos tornam-se superfluidos, perdendo o atrito interno.
Uma das características dos fluidos nesse estado de superfluidez é que eles conduzem o calor de uma forma extremamente eficiente.
A teoria dizia que, para que o calor fosse conduzido de forma tão eficiente, ele não poderia fluir pelo mecanismo tradicional de difusão - em vez disso, o transporte de energia deveria ocorrer em uma onda de temperatura.
Por causa das semelhanças matemáticas com a forma como uma onda sonora é descrita, essa onda de temperatura passou a ser conhecida como "segundo som", embora não se trate de um som no sentido normal do termo.
"Apesar das pesquisas intensas neste campo por mais de dez anos, o fenômeno do segundo som mostrou-se elusivo em gases quânticos," disse Rudolf Grimm, membro da equipe. "No entanto, no final, foi surpreendentemente fácil de provar."
Manipulação do calor
A descoberta terá impacto em diversas áreas, das pesquisas em sistemas quânticos até a astrofísica.
Isto porque exemplos de sistemas superfluidos incluem as estrelas de nêutrons, e há também indícios também de que esse comportamento exista no núcleo atômico.
Outra superfluidez está intimamente ligada ao fenômeno da supercondutividade, o fenômeno da resistência elétrica zero, de grande interesse tecnológico.
Recentemente, físicos norte-americanos descobriram que o calor também pode ser manipulado por lentes e espelhos:
Apesar das similaridades com as ondas sonoras, contudo, há diferenças entre as ondas sonoras e o segundo som.
Enquanto as ondas sonoras normais são flutuações na densidade de moléculas em uma substância - normalmente o ar -, as ondas do segundo som são flutuações na densidade de fônons, uma quasipartícula representativa de um quantum de vibração.