Com informações do MCTI - 25/07/2013
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil anunciaram a aquisição de um novo navio hidroceanográfico que vai ampliar a presença da ciência brasileira no Atlântico.
O navio, que custará R$ 162 milhões, está sendo fabricado na China e será adquirido graças a um acordo de cooperação entre o MCTI, o Ministério da Defesa/Marinha do Brasil, a Petrobras e a empresa Vale.
"Estamos concretizando uma demanda antiga da comunidade científica, que culminará em um grande avanço para as pesquisas oceanográficas e para o uso sustentável dos nossos recursos marítimos e fluviais", disse o ministro Marco Antonio Raupp.
O objetivo é estudar áreas como a conservação da biodiversidade marinha, a melhoria de processos associados à pesca, aquicultura e maricultura, bioprospecção, proteção e adaptação de zonas costeiras para as mudanças climáticas, realização de estudos sobre vias fluviais, hidráulica fluvial e portuária, além de formação de recursos humanos na área de hidroceanografia.
O navio terá capacidade para 146 pessoas, sendo 60 pesquisadores, e será equipado com o que há de mais avançado em termos de tecnologia, o que permitirá o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras.
Um dos equipamentos presentes na embarcação é o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), que irá operar a uma profundidade de 4 mil metros.
"Quando pensamos nos recursos que podemos extrair do mar, temos em mente apenas o petróleo. Mas há uma riqueza marítima imensa, como metais, minas e polimetálicos, que têm muito valor e diversas aplicabilidades", observou o almirante Wilson Guerra, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha.
"Além disso, há milhares de seres vivos dos quais podemos extrair enzimas que podem usadas, por exemplo, na produção de fármacos. Estamos falando de uma riqueza imensa, de uma série de produtos que podem ser revertidos em benefício da sociedade," completou Guerra.
A embarcação integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que irá operar como organização social.
A previsão é a de que o navio fique pronto até o segundo semestre de 2014.
O anúncio foi feito durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até sexta-feira (26), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife.