Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/05/2009
Primeiro os robôs surgiram nas páginas das histórias de ficção científica. Há bem menos tempo, eles começaram a fazer mais sucesso, depois que alguns começaram a ficar parecidos com o ser humano e depois que a tecnologia começou a dar a eles capacidades de auxiliar o ser humano.
Mas a robótica não ficou parada nesse intervalo. Sem tanto apelo de mídia, na verdade vistos mais como inimigos tomadores de empregos dos trabalhadores humanos, os robôs invadiram as fábricas. E lá estão, soberanos, até hoje.
Máquinas rudes
Contudo, são ainda máquinas rudes, com seus próprios espaços delimitados, do qual os trabalhadores não podem aproximar-se sem o risco de serem feridos com gravidade pelos movimentos bruscos e constantes dos robôs industriais.
Isso poderá começar a mudar, graças a um novo sensor minúsculo, desenvolvido por engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha. Já existem sensores de força e torque que poderiam dar uma maior "sensibilidade" aos robôs industriais, mas eles ainda são caros demais.
Sensor de força e torque
O novo sensor mede as forças e torques exercidos pelo braço robótico. Hoje, se um robô industrial atinge um operário, o operário provavelmente se ferirá com gravidade, mas o robô continuará seu trabalho como se nada tivesse acontecido.
Com o sensor, tão logo o braço robótico atinja o trabalhador - ou qualquer outro obstáculo no ambiente de trabalho - ele parará imediatamente e a gravidade do acidente se limitará a um pequeno empurrão que nem mesmo desequilibrará o operário.
Programação de robôs
O sensor também ajudará a programar o robô. No modo de aprendizado, o sensor poderá medir a força com que o programador movimenta o braço robótico. Em vez de inserir as coordenadas de cada movimento no computador, uma tarefa cansativa, demorada e sujeita a muitos erros, o programador poderá simplesmente guiar o robô pelo toque e ensiná-lo a sequência adequada de movimentos.
Funcionamento do sensor
O novo sensor de força consiste numa única peça de silício, construída por fotolitografia, o mesmo processo utilizado na fabricação dos chips de computador, contendo resistências elétricas em um de seus lados. Se o braço robótico bate em um obstáculo, o formato da pastilha de silício se altera ligeiramente, dobrando-se apenas alguns micrômetros.
O movimento, imperceptível a olho nu, é suficiente para alterar o fluxo da corrente que percorre o sensor, indicando o impacto e enviando o comando para parar imediatamente o movimento do robô.
Como é mais simples, o novo sensor é mais robusto, menos sujeito a falhas, e deverá custar apenas uma fração do preço dos sensores similares atuais.
Para conhecer uma outra pesquisa que procura aumentar a segurança no uso dos robôs, veja Robôs vão obedecer às Leis de Asimov na vida real.