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Robótica

Robô inspeciona falhas nas gigantescas pás dos geradores eólicos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/01/2009

Robô inspeciona falhas nas gigantescas pás dos geradores eólicos
Robô autônomo é capaz de inspecionar as pás dos geradores eólicos em busca de danos estruturais.
[Imagem: Fraunhofer IFF]

Se você nunca viu um gerador eólico de perto poderá se assustar com as dimensões desses cata-ventos gigantescos, girando elegantemente para produzir uma energia elétrica limpa e renovável.

Essa elegância também poderá esconder uma realidade bastante incômoda: suas enormes pás estão sujeitas a forças muito intensas, podendo até mesmo se partir bruscamente caso seus limites sejam ultrapassados.

E riscos de fissuras e danos estruturais em equipamentos dessas dimensões não são fáceis de se monitorar.

Robô escalador

Pensando nisso, os engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criaram um robô capaz de escalar as gigantescas pás dos geradores eólicos e analisá-las de forma muito mais precisa do que um operário o faria - além de liberar o trabalhador humano dessa tarefa de alto risco.

Batizado de Riwea, o robô escala a pá e usa seus avançados sensores para rastrear cada centímetro quadrado da estrutura, localizando delaminações, fissuras ou trincas, mesmo que estas estejam situadas abaixo da superfície das lâminas dos rotores.

Hoje este trabalho é feito por operários, que analisam a estrutura visualmente em intervalos regulares.

Graus de liberdade

O sistema de inspeção do Riwea consiste de três elementos: o primeiro é um emissor infravermelho que aquece a superfície das lâminas do rotor eólico. A seguir, uma câmera termal de alta resolução grava o padrão de calor da superfície, registrando as falhas no material e gravando sua posição precisa.

O terceiro elemento é um sistema de ultra-som, equipado com outra câmera de alta resolução, capaz de detectar falhas que nunca poderiam ser vistas pelo olho humano.

O Riwea chega até as pás do gerador e "caminha" sobre elas utilizando cordas. "É uma plataforma altamente complexa com 16 graus de liberdade, que consegue deslizar autonomamente sobre as cordas," explica o Dr. Norbert Elkmann, coordenador do projeto.

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