Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/09/2015
Eletrólise solar
Caiu um recorde de eficiência na produção de hidrogênio a partir da luz solar que já durava 17 anos.
Uma equipe da Alemanha e dos EUA fabricou um tipo especial de célula solar que quebra diretamente as moléculas de água com uma eficiência de 14%, o que é muito próximo da eficiência das células solares que convertem a luz do Sol em eletricidade.
Essas células solares também são conhecidas como "folhas artificiais", parte de um campo de pesquisas denominado fotossíntese artificial.
A conversão direta da luz solar em hidrogênio tem inúmeras vantagens porque o hidrogênio pode ser armazenado, eliminando a inconstância da energia solar, e utilizado quando necessário em uma ampla gama de finalidades, inclusive em células a combustível, nas quais pode produzir eletricidade sem gerar poluentes.
Células solares em série
A base da inovação são as células solares em série, fabricadas com materiais conhecidos como semicondutores III-V.
Matthias May testou mais de 100 combinações desses materiais até conseguir a melhor receita.
Além disso, ele desenvolveu uma técnica fotoeletroquímica que modifica a superfície dos semicondutores, o que otimiza sua capacidade de quebrar as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio.
Economia do hidrogênio
"Projeções indicam que a geração de hidrogênio a partir da luz solar usando semicondutores de alta eficiência poderia ser economicamente competitiva com as fontes de energia fóssil em níveis de eficiência de 15% ou mais. Isto corresponde a um preço do hidrogênio de cerca de US$4 por quilograma," disse o professor Thomas Hannappel, coordenador do trabalho.
Mas, nesse campo, rendimento não é tudo: a durabilidade é essencial para uma produção sustentada de hidrogênio.
As amostras se mantiveram estáveis por mais de 40 horas, o que é muito em relação às demonstrações anteriores. Contudo, as projeções também mostram que é necessário alcançar uma vida útil de pelo menos 1.000 horas para que essas folhas artificiais comecem a gerar energia renovável de forma economicamente viável. E seria recomendável também livrar-se dos catalisadores de ródio, um metal do grupo da platina muito raro e caro.