ICT Results - 21/01/2008
Quando os lasers foram desenvolvidos nos anos 1960, eles eram uma solução procurando por um problema para resolver. Desde então, eles se tornaram uma ferramenta essencial em áreas tão diferentes quanto as da nanotecnologia e da biomedicina.
Lasers de fibras ópticas
Uma nova geração de lasers de fibras ópticas ultra-rápidos sendo desenvolvida na Europa está criando ainda mais usos para esses feixes de luz de alta intensidade e, ao mesmo tempo, baixando seus custos de produção e manutenção e aumentando sua eficiência.
Até hoje, muitos lasers comerciais ultra-rápidos - do tipo que emite luz em pulsos curtos para aplicações industriais ou para espectroscopia - têm sido baseados na tecnologia de estado sólido, utilizando componentes ópticos volumosos. Entretanto, eles têm várias desvantagens, não menos consideráveis do que seu grande tamanho e altos custos de produção e de manutenção - problemas que podem ser resolvidos com a utilização de fibras ópticas, ao invés do ar, para transmitir a luz.
Novas aplicações
"Lasers de fibras podem substituir os lasers de estado sólido na maioria das aplicações, assim como abrir as portas para novas aplicações," explica Mircea Guina, pesquisador da Universidade Tampere, na Finlândia.
Guina é o gerente do projeto Uranus, que está desenvolvendo os lasers de fibras ópticas que deverão permitir a fabricação de equipamentos nanotecnológicos ainda menores do que é possível hoje e permitir a demonstração prática de novas aplicações, como a tomografia de coerência óptica, uma técnica de imageamento digital 3D utilizada na medicina, entre muitas outras aplicações. "Há literalmente centenas de usos," diz ele.
Menor potência
Estas novas aplicações não são o único benefício dos lasers de fibra ultra- rápidos. Em comparação com os lasers de estado sólido, os sistemas de fibras ópticas são mais eficientes e mais baratos de se fabricar. Estima-se que um laser industrial de fibra óptica custe ao redor de US$50.000,00, contra US$150.000,00 dos atuais lasers de estado sólido.
"A fibra é muito mais eficiente do que o ar para levar a luz ao seu alvo, de forma que é necessário menos potência para atingir os mesmos resultados que os sistemas de estado sólido. Ela é também mais estável e robusta," diz o cientista.