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Espaço

Radar espacial capta imagem da Lua para proteger a Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/02/2021

Radar espacial capta imagem da Lua para proteger a Terra
Imagem de radar da região onde a Apolo 15 pousou em 1971, com resolução de 5 metros. A formação que lembra uma cobra é o Hadley Rille, um resquício de atividade vulcânica antiga. A cratera no topo, ao lado do canal, é chamada de Hadley C e tem cerca de 6 quilômetros de diâmetro.
[Imagem: NRAO/GBO/Raytheon/NSF/AUI]

Radar espacial

Astrônomos e engenheiros deram um passo decisivo para tornar o radar uma ferramenta de observação espacial de alta resolução.

Os radares já vêm sendo usados para observar asteroides e outros pequenos corpos celestes que se aproximam da Terra, mas seu papel na defesa espacial tem sido limitado por imagens pouco claras e o pequeno alcance.

Para tentar superar essas deficiências, a equipe do Observatório Nacional de Radioastronomia, nos Estados Unidos, transformou a antena do maior radiotelescópio reposicionável do mundo - o Observatório Green Bank - em uma antena de transmissão de sinais de radar.

Para receber os sinais de volta, a equipe usou o telescópio virtual VLBA, que simula um telescópio do tamanho da Terra - foi ele o responsável por fazer a primeira foto de um buraco negro.

O resultado foi impressionante: uma imagem do local de pouso da Apolo 15 na Lua, com um nível de detalhamento inesperadamente elevado.

Radar espacial capta imagem da Lua para proteger a Terra
Antenas que formam o sistema de interferometria de base longa, funcionando conjuntamente como uma enorme antena, para receber os sinais de radar.
[Imagem: NRAO/AUI/NSF]

Radar de 500 kW

Embora seja o resultado de um trabalho de dois anos, o teste foi apenas uma prova de conceito, abrindo caminho para o projeto de um transmissor de radar mais poderoso para o telescópio.

Ainda mais energia permitirá a detecção e a construção de imagens de pequenos objetos que passam nas cercanias da Terra, alguns com risco de impacto.

Mas os resultados alcançados já deixaram os astrônomos confiantes de que poderão fazer imagens de luas orbitando outros planetas e, desta forma, muitos outros detritos no Sistema Solar.

O plano é desenvolver um sistema de radar de 500 quilowatts de potência, o que teoricamente o tornará capaz de gerar imagens de objetos no Sistema Solar com detalhes e sensibilidade sem precedentes, incluindo corpos tão distantes quanto as órbitas de Urano e Netuno.

"Este projeto abriu uma nova gama de recursos," disse o professor Tony Beasley, diretor do Observatório Nacional de Radioastronomia. "Já participamos de importantes estudos de radar do Sistema Solar, mas transformar o GBT [Green Bank Telescope] em um transmissor de radar planetário dirigível expandirá muito nossa capacidade de buscar novas linhas de pesquisa intrigantes."

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