Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/05/2015
Quadro eletrônico
Acaba de nascer uma versão eletrônica dos quadros negros e quadros brancos usados nas salas de aula.
Yusuke Komazaki, da Universidade de Tóquio, adaptou a tecnologia de papel eletrônico para criar uma versão de baixo custo que pode ser escrita à mão.
O protótipo pode ser visto como um salto tecnológico em relação aos brinquedos muito populares antes do advento dos computadores, nos quais as crianças podiam desenhar ou escrever e depois apagar tudo deslizando uma pequena barra.
Para alcançar uma resolução melhor, Komazaki usou micropartículas bicolores de 10 micrômetros de diâmetro.
Giz eletrônico
Um dos hemisférios de cada partícula é preto e possui uma carga negativa, enquanto o outro é branco e possui uma carga positiva. Quando colocadas entre dois eletrodos, a inversão da tensão faz com que as partículas mudem de posição, alternando sua parte visível entre branco e preto.
Para que seja possível escrever nesse quadro eletrônico, o hemisfério preto possui nanopartículas magnéticas, que são atraídas por um "giz magnético" - nesta demonstração do conceito, o pesquisador usou uma chave de fenda com um pequeno ímã na ponta.
Em vez de um apagador, basta apertar um botão para que a inversão da tensão vire novamente a face branca das partículas para a frente, apagando tudo o que havia sido escrito, limpando o quadro e deixando-o pronto para novas lições.
Melhor contraste
Komazaki afirma que a grande vantagem do seu quadro eletrônico é o baixo custo de todos os materiais utilizados, além da possibilidade de construção de quadros realmente grandes.
O pesquisador afirma que agora está trabalhando para aumentar o contraste da tela, o que ele acredita ser possível melhorando a aplicação dos pigmentos pretos e brancos, ou usando outros conjuntos de cores.