Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/10/2014
Mais barato
Na semana passada, a NASA anunciou a seleção de duas empresas para terceirizar os voos espaciais tripulados dos EUA.
Entre os diversos candidatos a sucessor dos ônibus espaciais foram escolhidos os projetos das naves CST, da Boeing, e Dragon, da SpaceX.
Mas uma das empresas preteridas, a Sierra Nevada, entrou com um protesto formal contra a seleção - uma espécie de liminar -, impedindo que a NASA prossiga com seus planos de repasse de recursos para as duas empresas escolhidas.
A própria NASA tem agora 30 dias para responder aos questionamentos, mas o órgão do governo responsável pelo assunto (US Government Accountability Office) terá até Janeiro de 2015 para apurar a questão.
A Sierra Nevada afirma que seu Dream Chaser custaria quase US$1 bilhão de dólares a menos para a NASA, além de apontar o que a empresa chama de "sérias questões e inconsistências no processo de seleção".
"A petição da SNC [Sierra Nevada Corporation] busca uma revisão e uma avaliação mais detalhadas das propostas e das capacidades apresentadas," disse a empresa em um comunicado.
Ônibus espaciais versus Apolo
A empresa apela ainda para a "preservação da herança" dos ônibus espaciais, uma vez que sua nave Dream Chaser é reutilizável, pilotada e pousa em um aeroporto comum, contrariamente às naves tipo Apolo selecionadas, que descem de pára-quedas e precisam ser "pescadas" no mar.
A Boeing também possui um projeto de "mini ônibus espacial", o X-37B, que já fez várias missões não-tripuladas de longa duração, embora a empresa não tenha anunciado planos de construir uma versão para tripulantes.
O administrador da NASA, o ex-astronauta Charles Bolden, afirmou que, como o assunto está agora sob análise legal, a NASA não pode tomar qualquer atitude no processo e nem divulgar dados sobre os motivos que justificaram a seleção dos projetos da Boeing e SpaceX e a eliminação das demais.