Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/07/2008
Engenheiros da Universidade Rice, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica que permite a fabricação de circuitos integrados que podem ter múltiplas identidades. Os chips podem assumir uma identidade completa ou subconjuntos de identidades de cada vez, dependendo das necessidades do usuário.
Gerenciamento de direitos autorais
A pesquisa demonstrou que as múltiplas "personalidades" em um circuito integrado podem se mostrar um poderoso mecanismo de segurança, que poderá ser usado para uma grande variedade de tarefas de gerenciamento de direitos autorais, assim como para a otimização dos circuitos e para a customização, sem sacrificar os aspectos técnicos.
"Com circuitos integrados de 'n-variações', é possível projetar tocadores de mídia que são inerentemente únicos," explica Farinaz Koushanfar, coordenadora do projeto. Isto permitiria o controle de direitos autorais por meio de arquivos de mídia que tocariam apenas numa identidade única do processador, e não tocaria em nenhuma outra.
Chips polimórficos
A idéia de oferecer segurança através da diversidade de chips não é exatamente nova. Mas os chips polimórficos projetados pela equipe da Dra. Koushanfar têm a grande vantagem de não drenar a capacidade de processamento e nem requerer maior potência para funcionar do que a que já é consumida normalmente pelo processador.
"Uma vantagem-chave de integrar a heterogeneidade na especificação funcional do projeto é que a remoção, extração ou deleção das variantes não é viável, quer sejam elas configuradas durante o processo de fabricação ou depois da fabricação," diz Koushanfar.
Variabilidade da linha de produção
Não existem dois processadores iguais, mesmo que eles estejam saindo um logo após o outro na mesma linha de produção. Isso se deve à variabilidade no processo de fabricação e é esse fato que explica os resultados muito diversos nas experiências de overclocking.
Essa variabilidade gera combinações praticamente infinitas de potência e velocidade de processamento. Um pequeno software, que não gera praticamente nenhum overhead é suficiente para identificar a personalidade única de cada chip ou as diversas personalidades geradas pela combinação da medição de diferentes fatores no funcionamento do processador.