Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/01/2021
Processador para tarefas específicas
A verdadeira torrente de processadores que funcionam com luz, em vez de eletricidade, demonstrados nas últimas semanas, mostra que ainda é difícil determinar qual tecnologia sairá vencedora.
O caminho para a integração - colocar tudo dentro de um chip - parece certo, mas há protótipos de neuroprocessadores voltados para inteligência artificial de todos os tipos.
Contudo, nenhum parece tão curioso e aparentemente tão simples quanto o "processador fotônico" construído por Muhammed Veli e seus colegas da Universidade da Califórnia de Los Angeles, nos EUA.
É importante notar que aqui não se trata de um processador multifunção, como nos casos recentemente apresentados - de fato, cada "processador" é construído para executar uma tarefa específica, mas com a vantagem de resolver o problema na velocidade da luz.
Discos fotônicos
Para manipular as informações contidas nos pulsos de luz, Veli usou uma rede de discos colocados em sequência. Cada disco é cuidadosamente projetado para lidar com os pulsos de luz de uma determinada maneira.
Depois que cada disco é projetado por um programa de inteligência artificial, rodando em um computador comum, eles são rapidamente construídos em uma impressora 3D.
Basta então colocá-los na sequência correta - ou empilhá-los - para formar uma rede óptica que é capaz de realizar várias tarefas computacionais, usando as ondas e a difração da luz.
A resposta da computação sai do outro lado, na forma de pulsos de luz na frequência de terahertz.
Redes ópticas difrativas
Segundo a equipe, esta estrutura pode ser aplicada a outras partes do espectro eletromagnético, para moldar pulsos ópticos, o que pode ter amplas aplicações, como em imagens ultrarrápidas, espectroscopia e telecomunicações ópticas.
Redes ópticas difrativas abrem uma infinidade de novas oportunidades de design, especialmente na parte terahertz do espectro, onde os dispositivos e componentes existentes têm algumas limitações importantes.
"Na interseção do aprendizado de máquina com a óptica, as redes difrativas mesclam a óptica de onda com o aprendizado profundo para projetar elementos para tarefas específicas para realizar de forma totalmente óptica várias tarefas, como classificação de objetos e visão de máquina," escreveu a equipe.
Este é um melhoramento do trabalho anterior da equipe, que trabalha há alguns anos com redes neurais sem nenhum componente eletrônico.