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Informática

Processador flexível coloca eletrônica de plástico em novo patamar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/07/2021

Processador flexível coloca a eletrônica de plástico em novo patamar
Este processador de plástico coloca a eletrônica orgânica no patamar dos primeiros computadores.
[Imagem: John Biggs et al. - 10.1038/s41586-021-03625-w]

Processador flexível

Um processador totalmente flexível e feito com a chamada eletrônica de plástico representa um marco no caminho da eletrônica orgânica.

Além de poder ser fabricado a um custo muito mais baixo do que com a tradicional eletrônica de silício, os processadores e outros circuitos integrados flexíveis podem ser fabricados por impressão diretamente em materiais como papel, papelão, plástico ou tecido.

Um processador totalmente flexível tem sido longamente esperado por campos como a internet das coisas, a robótica e a eletrônica de vestir, mas também de forma mais ampla, por qualquer empresa que esteja interessada em baixar os custos de seus dispositivos eletrônicos ou computacionais.

PlasticARM

O processador, batizado de PlasticARM, foi fabricado pelas empresas de semicondutores britânicas ARM e PragmatIC.

O protótipo apresentado agora mede cerca de 60 milímetros quadrados, onde cabem 56.340 transistores orgânicos e 18.000 portas lógicas - isso é cerca de 12 vezes mais do que o melhor chip flexível anteriormente criado.

Ele é composto por transistores de filme fino - mais finos do que seus equivalentes de silício - feitos de óxidos metálicos, incluindo índio, gálio e zinco, impressos sobre um substrato de poliimida.

E o seu consumo é de meros 21 miliwatts, o que significa que ele pode ser alimentado por um conjunto de células solares não maior do que o próprio processador.

Processador flexível coloca a eletrônica de plástico em novo patamar
Progressos feitos pela equipe que permitiram chegar ao novo processador flexível.
[Imagem: John Biggs et al. - 10.1038/s41586-021-03625-w]

Eletrônica de plástico

O PlasticARM é um processador de 32 bits de tecnologia RISC (Reduced Instruction Set Computing), capaz de rodar qualquer tipo de programa, sendo comparável, em termos de capacidade de processamento, aos processadores de silício dos primeiros computadores, lançados na década de 1980.

Pode parecer pouco, mas na verdade o processador plástico representa um salto gigantesco para os eletrônicos flexíveis, que até agora se contentavam com circuitos capazes de controlar pouco mais do que um sensor.

Além disso, o mercado para o qual ele se volta é diferente daquele dos computadores e celulares.

"À parte da indústria de semicondutores convencional, a eletrônica flexível opera em um domínio que se integra perfeitamente aos objetos do dia-a-dia, por meio de uma combinação de fator de forma ultrafina, conformabilidade, custo extremamente baixo e potencial para produção em escala. O PlasticARM é um pioneiro rumo à incorporação de bilhões de microprocessadores ultrafinos de baixo custo em objetos do dia-a-dia," escreveram os criadores do chip.

Bibliografia:

Artigo: A natively flexible 32-bit Arm microprocessor
Autores: John Biggs, James Myers, Jedrzej Kufel, Emre Ozer, Simon Craske, Antony Sou, Catherine Ramsdale, Ken Williamson, Richard Price, Scott White
Revista: Nature
Vol.: 595, pages 532-536
DOI: 10.1038/s41586-021-03625-w
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