Com informações da BBC - 12/09/2012
No caminho certo
O governo federal determinou a redução das tarifas de energia elétrica, com o objetivo alegado de aumentar a competitividade da indústria brasileira.
O corte será de 16,2% para os consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias. As medidas passam a valer no início de 2013.
Contudo, apesar da diminuição, o setor produtivo nacional continuará a pagar um das mais altas faturas de energia no mundo.
Segundo Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, a redução vai se dar em duas frentes: de um lado, o governo vai zerar ou reduzir encargos setoriais, que juntos, respondem por 12,5% do preço da tarifa industrial; de outro, aproveitará o vencimento das concessões de geração elétrica para puxar para baixo o custo da energia ao renová-las.
Custos da energia
Segundo levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), a redução média para a indústria deverá ficar em torno de 19,4%.
Após o anúncio, o Brasil passou da quarta para a oitava posição entre os países com as mais altas tarifas de energia para a indústria no mundo, mas continua a pagar mais caro do que todos os outros BRICS (grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul).
Tarifas industriais de consumo de energia elétrica (R$/MWH) | ||
1 | Itália | R$ 458,3 |
2 | Turquia | R$ 419 |
3 | República Tcheca | R$ 376,4 |
4 | Chile | R$ 320,6 |
5 | México | R$ 303,7 |
6 | El Salvador | R$ 295,4 |
7 | Cingapura | R$ 271,8 |
8 | Brasil | R$ 265,2 |
18 | Índia | R$ 188,1 |
22 | China | R$ 142,4 |
23 | Estados Unidos | R$ 124,7 |
26 | Rússia | R$ 91,5 |
27 | Argentina | R$ 88,1 |
28 | Paraguai | R$ 84,1 |
Fonte: Firjan |
 
Componentes da tarifa de energia elétrica residencial | |
Encargos, taxas e tributos | 50% |
Custo da energia | 24% |
Custo de distribuição | 21% |
Custo de transporte | 5% |
Total | 100% |
Fonte: ABRACE |