Com informações da NASA - 07/08/2013
Inversão periódica
Algo realmente marcante está prestes a acontecer no Sol.
Segundo medições de observatórios da NASA, o campo magnético do Sol está prestes a inverter.
"Parece que estamos há não mais do que três a quatro meses de uma inversão de campo completa," disse o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford. "Esta mudança terá um efeito cascata em todo o Sistema Solar."
O campo magnético do Sol muda de polaridade aproximadamente a cada 11 anos, sempre no pico de cada ciclo solar.
A próxima reversão irá marcar o ponto médio do ciclo solar 24 - metade do "máximo solar" já terá passado, e vamos nos encaminhando para a metade final.
Isso significa que o atual "máximo solar" será na verdade bem "mínimo" - um dos mais fracos nos últimos 100 anos.
Influência solar
"Os campos magnéticos polares do Sol enfraquecem, vão a zero e, em seguida, emergem novamente com a polaridade oposta. Esta é uma parte normal do ciclo solar," esclarece o também físico solar Phil Scherrer.
Normal, mas a inversão do campo magnético do Sol é, literalmente, um grande evento.
A influência magnética do Sol (também conhecida como a "heliosfera") estende-se por bilhões de quilômetros além de Plutão. A mudança a polaridade causará ondulações magnéticas que alcançarão até as sondas Voyager, já na fronteira do espaço interestelar.
Na verdade, essas ondulações representam uma proteção mais forte - para a Terra por exemplo - contra os raios cósmicos, que chegam do espaço interestelar.
Conforme a inversão total do campo magnético solar se aproxima, os dados dos observatórios mostram que os dois hemisférios do Sol estão fora de sincronia.
"O pólo norte do Sol já mudou de sinal, enquanto o pólo sul está correndo para recuperar o atraso," disse Scherrer. "Em breve, no entanto, os dois pólos terão revertido, e a segunda metade do máximo solar estará em andamento."