Com informações da Agência Brasil - 09/02/2012
Pesquisa básica e aplicada
O governo federal está planejando uma ação integrada para incentivar a área de nanotecnologia no Brasil.
A intenção inclui desde estimular a pesquisa básica nas universidades até a pesquisa aplicada na indústria.
A iniciativa incluirá o desenvolvimento de materiais em diversas áreas da cadeia produtiva, incluindo a indústria têxtil, eletrônica, farmacêutica, de cosméticos e de plástico, além da agricultura e da produção de energia.
A estratégia prevê a criação do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanociências e Nanotecnologias (SisNano) para aumentar a interação entre os pesquisadores.
Panorama nacional da nanotecnologia
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já conta com 16 institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCTs) dedicados a estudos de nanotecnologia, o que representa cerca de 13% dos INCTs, além de mais dez unidades de pesquisa atuando na área.
De acordo com o Panorama da Nanotecnologia, publicado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria (ABDI), 2.242 pesquisadores brasileiros escreveram 833 artigos científicos entre 2005 e 2008 a respeito do assunto; e quase 70% dos artigos são de pesquisadores vinculados a universidades e institutos de pesquisa de São Paulo, sendo 204 artigos da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o físico Adalberto Fazzio, do MCTI, os pesquisadores "estão sedentos por interagir com as empresas".
Por isso, além aportar investimentos na melhoria e aquisição de equipamentos para os laboratórios dos institutos e universidades, o ministério quer estimular parcerias com empresas que buscam inovação em nanotecnologia.
Nanomateriais
Mais de 600 empresas informaram desenvolver atividades relacionadas à nanotecnologia à Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), feita pelo IBGE em 2008.
Segundo a ABDI, o Brasil é o 25º país no ranking mundial de nanotecnologia.
"Observa-se um reduzido número de empresas que incorporam nanotecnologias em seus produtos ou processos ou que fabricam nanomateriais. Esse fato tem forte relação com a posição pouco expressiva do Brasil em relação ao seu portfólio de patentes", descreve a ABDI na publicação Panorama da Nanotecnologia.