Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/12/2008
Os plásticos são leves e baratos, mas não conseguem conduzir correntes elétricas. Os metais lidam muito bem com a eletricidade, mas são pesados e caros.
Combinar esses dois materiais tem sido um desafio para os engenheiros que precisam integrar circuitos elétricos e eletrônicos nos carros, aviões, equipamentos industriais e até mesmo nos equipamentos eletrônicos tradicionais.
Na prática isso tem sido feito por meio de processos demorados e caros que recortam e dobram as finas folhas metálicas e as integram nas peças plásticas.
Compósito metal-plástico
Os engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criaram uma solução mais simples e mais barata de se fabricar: um material compósito. O metal e o plástico não são simplesmente grudados ou encaixados um no outro, mas misturados em um processo especial para formar um material único.
O processo cria um material constituído por uma fina malha eletricamente condutora, leve, com excelente estabilidade química e com a mesma condutibilidade elétrica e termal dos metais que entram em sua composição.
Faróis de automóveis
Com a malha elétrica inserida no plástico, os engenheiros afirmam que brevemente a fabricação das peças plásticas e das placas de circuito impresso poderão ser feitas em um único passo, reduzindo o custo e o peso dos equipamentos.
A primeira utilização do novo material deverá ser nos faróis de automóveis. Hoje, os faróis são feitos de um invólucro plástico no qual são inseridos os contatos metálicos para que a lâmpada possa receber a energia necessária para funcionar.
Com invólucros fabricados com o novo compósito, os circuitos de conexão poderão utilizar as malhas condutoras do próprio compósito, simplificando o processo de fabricação, tornando os faróis mais simples e mais leves, além de darem um novo grau de liberdade para os projetistas, que poderão criar faróis que se encaixam de forma mais harmônica no restante da carroceria.