Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/02/2016
Destruição fotoquímica
Você já percebeu como a tela do seu aparelho novo - seja um celular, um tablet ou computador - parece ser muito melhor do que a tela do seu aparelho antigo?
Ela é realmente... E não é só por causa do avanço tecnológico.
Por mais que tenham avançado, as telas atuais sofrem de um problema conhecido como destruição fotoquímica, que faz com que as cores esmaeçam com o tempo.
Para fabricar telas cujas cores nunca desbotarão, pesquisadores agora estão centrando sua atenção na fabricação de píxeis de alumínio, melhorando seu brilho, já que as cores geradas por eles até agora já nasciam esmaecidas.
Píxeis de alumínio
As nanopartículas de alumínio são muito baratas e podem ser fabricadas em dimensões minúsculas, o que se traduz na possibilidade de aumento da resolução das telas.
O píxel de alumínio é formado simplesmente juntando as nanopartículas - a cor que ele irá produzir vai depender do arranjo das nanopartículas.
Isto porque elas produzem cores graças a quasipartículas conhecidas como plásmons de superfície. A cor é gerada quando a luz incide sobre os píxeis, produzindo a chamada ressonância plasmônica.
Cores vibrantes
Para produzir píxeis de alumínio com cores vibrantes, Jana Olson e seus colegas das universidades Rice e Novo México, nos EUA, exploraram agora um fenômeno adicional, chamado interferência de Fano, ou ressonância de Fano, uma interação entre a ressonância plasmônica e a própria estrutura física do píxel.
A equipe já conseguiu fabricar píxeis com cores vívidas ao longo de todo o espectro vermelho e azul.
Embora todo o espectro visível já esteja sendo gerado pelos píxeis de alumínio - a equipe construiu uma tela de demonstração completa com eles - falta agora encontrar a estrutura adequada para que a faixa do verde também ganhe o brilho já alcançado pelas outras cores básicas do sistema RGB.
Obtendo isto, segundo a equipe, não haverá mais qualquer entrave à adoção dos píxeis de alumínio em escala industrial.