Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/06/2012
Pigmento azul
Em 2009, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, pôs fim a uma busca milenar.
Eles descobriram, por acaso, pigmentos inorgânicos de uma cor azul muito forte, e muito estáveis.
A descoberta foi comemorada porque todos os pigmentos azuis até então disponíveis eram problemáticos: o azul cobalto pode ser carcinogênico, o azul da Prússia libera o venenoso cianeto, e outros pigmentos azuis não se dão com o calor ou com os ambientes ácidos.
Refletir o calor
Agora, não mais por acaso, o mesmo grupo descobriu que seus compostos de manganês têm uma outra característica inusitada: eles são capazes de refletir o calor.
"Quanto mais estudamos o material, mais interessante ele se torna," comemora Mas Subramanian, um dos descobridores do novo material.
"Já sabíamos que ele é mais durável, mais seguro e muito mais fácil de fabricar. Agora ele se tornou um novo candidato para a eficiência energética," completa o pesquisador.
O pigmento tem uma refletividade ao infravermelho de cerca de 40% - a radiação no infravermelho é a responsável pela maior parte do calor que sentimos ao Sol.
Eficiência energética
Os pesquisadores descobriram que o novo pigmento azul possui uma estrutura cristalina muito incomum - chamada coordenação bipiramidal trigonal -, que faz com que suas moléculas se alterem quando expostas ao calor.
A proposta é usar o pigmento na composição de tintas para recobrir a superfície ou o telhado de casas e edifícios, que absorveriam menos calor, economizando energia com os sistemas de ar-condicionado.