Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/02/2009
Travesseiros de pena de ganso são confortáveis e quentes. Já as camisas de linho amassam bastante, embora inegavelmente sejam confortáveis e muito elegantes. Mas como será uma camisa de pena de galinha, ou uma calça de palha de arroz?
Tecidos verdes
A depender de pesquisadores da Austrália, logo será possível testar por você mesmo estas e outras opções de "tecidos verdes," que poderão vir em qualquer cor, já que o verde se refere a uma nova classe de tecidos ambientalmente corretos, feitos a partir de rejeitos agrícolas.
Anualmente são fabricadas quase 40 milhões de toneladas de roupas sintéticas em todo o mundo. Por sintéticas, entenda-se a partir do petróleo e de seus derivados.
Agora, três pesquisadores do Instituto CSIRO reuniram todos os últimos avanços na química e na nanotecnologia que podem servir de base para a fabricação de materiais ambientalmente corretos, elaborando um arsenal de novas tecnologias que prometem dar um um novo impulso à produção de fibras naturais para a fabricação de tecidos e roupas.
Biofibras
O uso de biofibras produzidas a partir de materiais naturais, como subproduto ou a partir de rejeitos de materiais da agroindústria, teve grande atenção nos anos 1950. O advento das fibras sintéticas, contudo, fabricadas a partir do petróleo, destruiu esses esforços iniciais.
A crescente preocupação com o meio ambiente tem aumentado muito a procura por produtos ambientalmente corretos, o que pode ser suficiente, segundo os pesquisadores, para fazer renascer essa indústria.
Isto graças ao enorme auxílio dos avanços científicos que, nos anos recentes, resultaram em novas técnicas que permitem a utilização desses materiais para a fabricação de roupas que poderão equivaler em conforto e comodidade aos tecidos atuais.
Roupas biodegradáveis
As fontes mais promissoras de materiais para a produção de fibras ambientalmente corretas, segundo os pesquisadores, incluem a queratina das penas de galinhas e o glúten do trigo.
Segundo eles, os avanços na nanotecnologia e nas ligações químicas cruzadas poderão melhorar a resistência e a biodegradabilidade desses tecidos, abrindo caminho para a produção não apenas de roupas biodegradáveis, como também de mobiliários e outros utensílios domésticos.