Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/04/2018
Papel de parede com alarme contra incêndio
Pesquisadores do Instituto de Cerâmica de Xangai, na China, desenvolveram um papel de parede que, além de decorativo, funciona como um alarme de incêndio.
Em vez dos papéis e materiais poliméricos tradicionalmente usados nos papéis de parede - todos altamente inflamáveis -, este é feito de materiais não inflamáveis e ambientalmente corretos, incluindo compostos encontrados no corpo humano, como nos ossos e dentes.
Quando exposto ao calor, o papel de parede muda de um estado eletricamente isolante para um estado eletricamente condutor, fazendo disparar automaticamente um alarme que gera sons e luzes de advertência, com o adicional de poder dosar os níveis de alarme para os níveis de calor detectados.
"Em comparação com os papéis de parede comerciais inflamáveis, o papel de parede resistente ao fogo é superior devido à sua excelente não-flamabilidade, resistência a altas temperaturas e função de alarme de incêndio automático. O papel de parede resistente ao fogo tem robustez mecânica e alta flexibilidade, pode ser processado em vários formatos, tingido com cores diferentes e impresso com uma impressora comercial. Portanto, o papel de parede resistente ao fogo tem aplicações promissoras em decoração de alta segurança para salvar vidas humanas e reduzir a perda de propriedades em um desastre de fogo," disse o professor Ying-Jie Zhu.
Hidroxiapatita
O novo revestimento de parede é baseado na hidroxiapatita, o principal componente inorgânico dos ossos e dentes.
Embora a hidroxiapatita seja tipicamente quebradiça e inflexível, a equipe havia descoberto anteriormente que a formação de nanofios ultralongos confere ao material uma alta flexibilidade, adequada para fazer papel de parede - foi quando eles lançaram uma primeira versão, quando o papel era à prova de água e de fogo, mas ainda não tinha a função de alarme.
Para torná-lo um "material inteligente", capaz de soar automaticamente um alarme em resposta a um incêndio, os pesquisadores incorporaram um sensor termossensível à base de tinta no papel de parede.