Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/06/2016
Astronomia gravitacional
Ondas gravitacionais - ondulações no tecido do espaço-tempo causadas pelo movimento de corpos celestes de grande massa - foram observadas pela segunda vez.
Novamente elas foram detectadas pelo observatório LIGO, uma colaboração científica internacional sediada nos EUA, que fez história há poucos meses, ao detectar ondas gravitacionais pela primeira vez, depois de mais de um século que Albert Einstein previu sua existência.
A equipe calcula que as ondas vieram da fusão de dois buracos negros estelares, com massas de cerca de 8 e 14 vezes a massa do Sol, situados a 1,4 bilhão de anos-luz de distância.
Os dados mostram as 27 últimas órbitas do binário conforme eles giravam cada vez mais rapidamente um em direção ao outro, até se chocarem, produzindo a "explosão" de ondas gravitacionais que foram detectadas.
Essas massas são mais próximas dos valores que se acreditam serem típicos para buracos negros - quasares - que orbitam estrelas comuns, enquanto os responsáveis pelo primeiro evento eram muito maiores, com 29 e 36 massas solares.
"É muito significativo que esses buracos negros tenham muito menos massa do que os observados na primeira detecção," disse Gabriela Gonzalez, pesquisadora do LIGO. "Por causa de suas massas mais leves em comparação com a primeira detecção, eles gastaram mais tempo - cerca de um segundo - na banda sensível dos detectores. É um começo promissor para o mapeamento das populações de buracos negros em nosso Universo."
Nesta semana a Agência Espacial Europeia concluiu com sucesso os primeiros testes da tecnologia que permitirá construir um detector de ondas gravitacionais no espaço, que terá uma sensibilidade muito superior aos sensores terrestres.