Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/01/2011
Pesquisadores finlandeses criaram um sistema que usa óculos especiais para inferir os interesses do seu usuário e fornecer informações adicionais úteis sobre cada assunto.
Aprendizado de máquina
O sistema, que se enquadra na categoria da chamada realidade aumentada, ou realidade ampliada, e inclui um rastreador dos olhos, identifica pessoas, locais e textos para os quais a pessoa está olhando.
A partir desse contexto, o programa associado ao equipamento usa técnicas de aprendizado de máquina para deduzir os interesses da pessoa e auxiliá-la com informações adicionais relevantes.
As informações são mostradas na forma de texto nos próprios óculos, que também fazem as vezes de tela de projeção.
Por exemplo, é possível ver informações adicionais que estiverem disponíveis sobre uma pessoa simplesmente olhando para ela - e, em tempos de redes sociais, as informações disponíveis geralmente são fartas.
Informações acadêmicas
Os pesquisadores focaram seu trabalho no ambiente acadêmico, demonstrando que o sistema pode ser útil para descobrir as últimas publicações de um pesquisador que está passando pelo corredor ou ter informações adicionais sobre um evento olhando para um cartaz afixado no quadro de avisos.
O sistema também se mostrou muito útil na interação com os códigos de barras bidimensionais, que codificam informações sobre produtos e eventos.
Nas versões de testes, as informações mostradas ao usuário dos óculos foram inseridas previamente em um banco de dados dedicado, incluindo as fotos das pessoas.
No entanto, o sistema também pode ser configurado para obter informações da internet e das redes sociais. É possível, por exemplo, fazer uma pesquisa pelo Google apenas olhando diretamente para as palavras de interesse.
Interfaces avançadas
"Nossa pesquisa sobre os métodos de aprendizado de máquina tornou possível criar novas interfaces avançadas de usuário nas quais a máquina faz deduções sobre os interesses do usuário sem precisar de comandos diretos," diz o professor Samuel Kaski, da Universidade de Aalto.
Já seu colega Jorma Laaksonen, outro membro da equipe, destaca que sistema ainda está em nível de protótipo.
"Nós criamos um protótipo que foi testado com sucesso em laboratório. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer antes que a tecnologia possa ser comercializada," afirmou ele.