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Observatório Nacional integra projeto para estudar estrelas gigantes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2019

Observatório Nacional integra projeto para estudar estrelas gigantes
As estrelas gigantes e as supernovas são fenômenos impressionantes, mas ainda pouco compreendidos.
[Imagem: ESA/Hubble & NASA]

Estrelas gigantes

As estrelas de alta massa e massas extremamente altas (de 10 até 100 vezes a massa do Sol) são muito importantes não somente para a evolução da Via Láctea, como também para a formação de planetas como a Terra e, consequentemente, para a origem da vida.

Nessas estrelas raras - ou depois de suas explosões, conhecidas como supernovas - é formada a maioria dos elementos químicos conhecidos e, especialmente, a maior parte de elementos como carbono, nitrogênio e oxigênio.

Sendo assim, se hoje o nosso planeta é formado por metais, a nossa atmosfera é rica em nitrogênio e oxigênio e os nossos corpos são baseados em carbono, é porque a nuvem materna que deu origem ao Sol e ao nosso Sistema Solar foi enriquecida com esses elementos formados em gerações anteriores de estrelas de alta massa e que explodiram como supernovas - é por isso que Carl Sagan afirmava que "nós somos nada mais do que poeira de estrelas".

Física das estrelas gigantes

Entretanto, apesar desta importância, esses objetos ainda não são bem conhecidos, justamente devido à sua raridade e complexidade.

Pensando nisso, um consórcio internacional de pesquisadores da Europa, Ásia e América do Sul foi criado para desenvolver o projeto POEMS (Physics of Extreme Massive Stars, ou Física de Estrelas com Massas Extremamente Altas).

O projeto, aprovado pelo programa Horizon 2020, da Comissão Europeia, tem cerca de 50 pesquisadores da Alemanha, Argentina, Azerbaijão, Bélgica, Brasil, Chile, Estônia, Reino Unido e República Tcheca.

O grupo do pesquisador Marcelo Borges Fernandes, do Observatório Nacional, contribuirá com a análise de dados, obtidos tanto no exterior quanto no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), com diferentes técnicas observacionais, como espectroscopia de alta-resolução, fotometria, polarimetria e interferometria.

O projeto, que terá duração de 4 anos (2019-2022), contará com visitas de colaboração mútuas nos diferentes institutos, eventos de estudos e de divulgação científica, além de uma oficina de trabalho a ser realizada no Brasil em 2022 para debate dos resultados finais.

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