Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/06/2008
Pulsares, magnetares, restos de supernovas e buracos negros gigantes. Estes serão os alvos prioritários do novo telescópio espacial que a NASA lançará nesta semana. Ele poderá também dar informações importantes sobre o que hoje se acredita ser a matéria escura.
O telescópio de raios gama GLAST ("Gamma-Ray Large Area Space Telescope") é um observatório em forma de cubo, pesando quatro toneladas e que carrega os mais modernos detectores de partículas já construídos.
Raios gama
Os raios gama têm uma freqüência muito superior à da luz visível. Os fótons dessa forma de radiação eletromagnética contêm muito mais energia do que os raios X, o que torna extremamente difícil a tarefa de captá-los.
Em vez de serem emitidos por objetos brilhantes ou quentes, os raios gama se originam nas colisões entre partículas de matéria ou de luz, que acontecem com maior freqüência nos processos astronômicos mais radicais, como na interação entre buracos negros e galáxias, por exemplo.
Eventos astronômicos extremos
O telescópio GLAST será capaz de detectar e medir essas fontes de raios gama com o maior nível de detalhamento já alcançado, gerando o primeiro mapa do céu que mostrará onde, como e por quanto tempo acontecem esses eventos extremos.
É possível também que o GLAST observe raios gama gerados pela explosão de buracos negros microscópicos. Algumas teorias afirmam que esses buracos negros em miniatura se originaram no próprio processo de formação do Universo e que hoje podem estar se "evaporando" na forma de pulsos de raios gama conhecidos como radiação Hawking.