Com informações da AEB - 22/01/2013
Brasil no espaço
A Agência Espacial Brasileira (AEB) antecipou a revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), que deveria ser repensado em 2014.
O novo documento estabelece as diretrizes e ações do Programa Espacial Brasileiro entre 2012 e 2021.
As principais metas do novo PNAE são o aumento da participação da indústria nacional no setor aeroespacial e a implantação de um programa de domínio de tecnologias críticas para o país.
A formação e capacitação de pessoal e a ampliação da cooperação internacional também são temas prioritários no documento.
Tecnologias críticas
"Avaliamos os resultados dos três PNAEs anteriores (1996, 1998 e 2005) e também recebemos contribuições de importantes instituições governamentais e privadas em anos recentes", disse o presidente AEB, José Raimundo Coelho.
Além disso, foi feita uma análise da organização e do funcionamento do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE).
"Precisamos ser capazes de usufruir, soberanamente e em grande escala, dos benefícios das tecnologias, da inovação, da indústria e das aplicações do setor em prol da sociedade brasileira," disse o executivo.
Para isso, ele acredita ser necessário priorizar o desenvolvimento e o domínio das tecnologias críticas, "indispensáveis ao avanço industrial e à conquista da necessária autonomia nacional em atividade tão estratégica".
Para José Raimundo, esse domínio só será alcançado com intensa e efetiva participação sinérgica do governo, centros de pesquisa, universidades e indústrias.
Projetos espaciais do Brasil
O novo documento prevê a conclusão e consolidação de diversos projetos até 2016.
Entre eles destacam-se os projetos dos Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS-3 e CBERS-4, o foguete Cyclone-4, o Veículo Lançador de Satélites (VLS), o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), o satélite Amazônia-1 e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
No período de 2016 a 2021, denominado como fase de expansão, pretende-se buscar o desenvolvimento de novos projetos de maior complexidade tecnológica, compreendendo a continuidade do programa Amazônia (AMZ-1B, AMZ-2), o desenvolvimento de um satélite meteorológico geoestacionário, o lançamento do segundo satélite de comunicação e o desenvolvimento do satélite radar de abertura sintética.
Centros de lançamento
O quarto satélite da série CBERS, o CBERS-3, deverá ser lançado ainda em 2013. O satélite é importante no monitoramento e na gestão territoriais.
Também em 2013, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), deverá ficar pronto para os lançamentos do VLS e do Cyclone-4.
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, localizado em Parnamirim (RN) também passará por reformas. "Estamos propondo a modernização de boa parte da infraestrutura do CLBI e a recomposição de outra, utilizando a experiência que adquirimos no CLA. Os dois centros de lançamentos são considerados estratégicos", conta o presidente da AEB.