Com informações do INT - 17/09/2012
Perda de frutas e verduras
Novas embalagens podem evitar o grande desperdício de frutas e hortaliças que acontece hoje no Brasil.
Este é o objetivo de uma pesquisa conduzida no Instituto Nacional de Tecnologia.
As novas embalagens podem manter o produto intacto até o consumidor final, agregando valor às diversas etapas da cadeia produtiva.
Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que cerca de 39% das frutas e hortaliças sequer chegam à mesa do consumidor.
As perdas são atribuídas principalmente às embalagens deficientes. As caixas de madeira comprimem a maioria dos frutos, que ficam machucados por impactos, vibrações e pelo empilhamento inadequado durante o transporte e armazenamento.
Já as versões em papelão ou plástico permitem o contato entre os hortifrutículas e têm pouca ventilação, favorecendo a liberação da substância etileno, que antecipa o amadurecimento.
Embalagens retornáveis
Para enfrentar o problema, a área de Desenho Industrial do INT, com a colaboração da Embrapa Agroindústria de Alimentos e do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, da UFRJ, desenvolveu sistemas de caixas retornáveis mais eficientes.
Em sua fase final, o projeto já conta com soluções que podem trazer uma significativa redução das perdas e melhorar a circulação desses alimentos no mercado interno e para exportação.
Uma das embalagens consiste em uma base padronizada na largura e comprimento, com três alturas diferentes para comportar dimensões distintas de frutos.
A essa base - que se empilha em módulos perfeitos - sobrepõem-se uma bandeja fina, que tem inúmeras concavidades apropriadas ao exato tamanho de cada fruto - o empilhamento garante espaço para a ventilação dos vegetais.
Feita em material plástico resistente, após o transporte, a base dobra e retorna ao produtor.
A bandeja, que segue até a prateleira ou consumidor final, é reciclável, usando materiais como jornais velhos.
Frutas impressas
A pesquisa contou com um recurso inédito: a digitalização das frutas em scanner 3D.
As informações foram usadas para a produção de amostras impressas em máquinas de prototipagem rápida.
Isso facilitou a manipulação dos volumes e garantiu a continuidade da pesquisa fora das safras de cada fruto.