Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/09/2016
Pulsos de luz orgânica
Talvez não seja necessário esperar pelos nanolasers - lasers ultraminiaturizados, fabricados dentro dos processadores - para substituir a eletricidade pela luz dentro dos chips.
Pesquisadores de Cingapura descobriram que a luz emitida por uma camada de moléculas orgânicas pode ser a fonte perfeita de fótons para a transmissão ultrarrápida de informações nesses ambientes confinados.
A luz é emitida na forma de pulsos quando uma tensão elétrica é aplicada em uma heterojunção, um sanduíche formado por uma camada de moléculas tiol sobre um eletrodo metálico e uma liga dos semicondutores gálio e índio.
A eletricidade induz a formação plásmons de superfície, ondulações de elétrons que se espalham pela superfície do material e, em seguida, decaem em fótons. Embora o tiol seja um isolante, a camada é fina o suficiente para que os elétrons tunelem entre os eletrodos, energizem os plásmons, e então gerem a luz.
Canhão de fótons
O componente dispara uma "fileira de fótons", muito similar à produzida por outras fontes de fótons individuais, o que significa que a heterojunção híbrida (orgânica-inorgânica) poderá ser usada para substituir lasers e LEDs como fontes de sinal para sistemas de comunicação baseados em luz e mesmo para dispositivos de computação quântica.
Devido ao seu mecanismo de funcionamento, a equipe acredita que as junções poderão ser miniaturizadas até espessuras com nível molecular, facilitando ainda mais o processo de sua inserção em circuitos à base de silício.