Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/04/2014
Hidrogênio brilhante
Esta nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile revela uma nuvem de hidrogênio chamada Gum 41.
No seio desta nebulosa pouco conhecida, estrelas luminosas, quentes e jovens, emitem radiação que faz brilhar o hidrogênio circundante num tom escarlate muito distinto.
A região do céu austral na constelação do Centauro revela muitas nebulosas brilhantes, cada uma associada a estrelas quentes recém-nascidas que se formaram das nuvens de hidrogênio gasoso.
A intensa radiação emitida pelas estrelas jovens excita o hidrogênio restante, fazendo com que este brilhe na cor vermelha típica das regiões de formação estelar.
Outro exemplo famoso do mesmo fenômeno pode ser observado na Nebulosa da Lagoa, uma enorme nuvem que brilha em semelhantes tons escarlates.
Só vista de longe
A nebulosa Gum 41, vista nesta imagem, situa-se a cerca de 7.300 anos-luz de distância da Terra.
As nuvens parecem ser muito espessas e brilhantes, mas não é este o caso. Se um hipotético viajante espacial passasse pelo meio desta nebulosa, muito provavelmente nem a notaria.
É que, mesmo de muito perto, a nebulosa apresenta-se tênue demais para poder ser detectada pelo olho humano, fato que ajuda a perceber como é que um objeto tão grande apenas foi descoberto em meados do século XX - a sua radiação expande-se de modo muito tênue e o brilho vermelho não se revela adequadamente no espectro visível.
Esta imagem foi produzida pela combinação de imagens captadas através de três filtros de cor (azul, verde e vermelho) e de um filtro especial que capta a radiação vermelha emitida pelo hidrogênio.
Gum 41 é, na realidade, uma pequena parte de uma estrutura muito maior chamada Nebulosa Lambda Centauri, também conhecida pelo nome mais exótico de Nebulosa da Galinha Fugitiva.