Com informações da ESA - 05/02/2015
Nave automática
O Veículo Intermediário Experimental da ESA - ou IXV - está pronto para a sua missão de lançamento e reentrada, programada para a próxima quarta-feira, 11 de fevereiro.
O lançamento, a bordo de um foguete Vega, será feito do Porto Espacial Europeu, na Guiana Francesa.
A missão IXV irá testar sistemas e tecnologias de ponta para a reentrada independente da nave, além das bases de um sistema de transporte espacial reutilizável - os ônibus espaciais eram reutilizáveis, mas sua reentrada e pouso não eram totalmente automáticos.
Segundo a ESA, o teste irá validar o desenho de aeronaves com sustentação, incorporando a simplicidade das cápsulas no espaço com o desempenho dos veículos com asas na parte atmosférica, com grande capacidade de controle e manobrabilidade para aterragens de precisão.
Pouso em outros planetas
Além da nave, o projeto IXV como um todo incluiu o desenvolvimento da capacidade de colocar a nave em órbita, acoplá-la automaticamente em alvos cooperantes ou não, e ainda aterrar em objetos celestes distantes, no nosso Sistema Solar.
"Esta capacidade é uma pedra angular para a fase dos lançadores reutilizáveis, o recolhimento de amostras de outros planetas e o regresso de tripulações do espaço, bem como futuras tecnologias de observação da Terra, pesquisa em microgravidade, serviços de satélite e missões de coleta e remoção de lixo espacial," afirma nota da ESA.
Depois de se separar do foguete Vega, a 320 km de altitude, o veículo de cinco metros de comprimento e duas toneladas irá subir até uma altitude de cerca de 450 km, acima da órbita da Estação Espacial Internacional, e depois descer para a reentrada.
Hipersônica e supersônica
Depois de manobrar e desacelerar da velocidade hipersônica para supersônica usando seus inéditos flaps espaciais, o IXV irá lançar um pára-quedas multi-etapas para continuar a descida.
Depois de cair no Pacífico, será amparado por flutuadores, até ser recuperado por um barco. O protótipo ainda não tem capacidade de pouso em pista.
O voo completo irá durar cerca de 100 minutos.
Uma multiplicidade de sensores, dentro e fora da nave, deverá gravar um volume enorme de dados - espera-se que o resultado da análise desses dados seja divulgado seis semanas mais tarde.