Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/12/2008
A NASA está conduzindo uma importante etapa de avaliação de novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas para a exploração da Lua. Os testes foram feitos no Havaí, onde o terreno vulcânico, a distribuição das rochas e a granulometria dos materiais do solo oferecem uma simulação de alta qualidade das condições das regiões polares da Lua, onde se planeja a instalação das primeiras bases exploratórias.
Testes de campo
Os testes de campo são essenciais para que os engenheiros possam verificar problemas de projeto e complicações para o funcionamento dos equipamentos impostas por questões que não podem ser detectadas em laboratório.
Um dos exemplos mais lembrados, que quase significou o fracasso da missão, foi o recente problema com o braço robótico do laboratório espacial Phoenix, que quase não conseguiu coletar amostras do solo de Marte porque o material era mais duro do que se esperava.
Produção de oxigênio na Lua
O principal objetivo dos testes feitos no Havaí foi avaliar equipamentos destinados à utilização de recursos encontrados na Lua, transformando-os em materiais úteis aos astronautas. A NASA acredita, por exemplo, ser possível gerar oxigênio e capturar água a partir das rochas e do solo lunar.
O plano de estabelecimento de uma base permanente na Lua prevê a produção local de duas toneladas de oxigênio anualmente. Esta quantidade é suficiente para a manutenção de uma tripulação entre quatro e seis astronautas e cientistas no laboratório lunar.
Foram testados dois equipamentos para a produção de oxigênio, o ROxygen e o PILOT, que possuem tecnologias complementares. Um pequeno robô de prospecção e perfuração captura o material do solo e do subsolo lunares e alimenta os demais equipamentos, que retiram o oxigênio.
Mineração espacial
Um robô similar também poderá ser utilizado para procurar gelo e gases voláteis, como hidrogênio, hélio e nitrogênio, no interior das crateras lunares.
Foram testadas também diversas tecnologias para escavação, um sistema de visão noturna para a navegação autônoma dos robôs e um novo tipo de pneu para o solo lunar, além de três equipamentos científicos para identificação dos minerais que formam o solo lunar, que poderão ajudar a indicar a viabilidade dos primeiros trabalhos de mineração espacial.