Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/03/2011
Mínimo solar
A NASA anunciou a realização de uma teleconferência na próxima quarta-feira, dia 2 de Março, para discutir o baixo nível de atividade que o Sol vem apresentando ao longo dos últimos anos.
Segundo a agência, os cientistas apresentarão o primeiro modelo capaz de explicar o período de baixa atividade solar atualmente em curso.
Em Janeiro deste ano, a NASA começou a utilizar um modelo de previsão do clima solar, capaz de prever as tempestades solares com uma antecedência de um a quatro dias.
O modelo tenta prever a ocorrência dos jatos de plasma solar e das ejeções de massa coronal voltadas em direção à Terra.
Uma das cientistas que participará da conferência, Delores Knipp, trabalha na Universidade do Colorado, onde o modelo foi desenvolvido.
Clima solar
O clima solar sempre chamou a atenção dos cientistas, mas só agora está ficando ao alcance do grande público, graças às sondas espaciais que geram imagens nunca antes vistas das manchas e das tempestades solares.
Mas o impacto sobre a imprensa e o público parecem estar sendo grandes demais, a ponto de, há poucos dias, a NASA ter emitido uma nota para tranquilizar os ânimos.
Emissões das tempestades solares atingem a Terra, interagindo com o campo magnético do nosso planeta, potencialmente criando uma tempestade geomagnética e gerando as belas auroras.
Mas elas podem também "interagir", interromper e até danificar os sistemas de telecomunicações e de transmissão de energia elétrica, quando são fortes o bastante.
Super tempestade solar
Os cientistas ainda não sabem se o período de calmaria do Sol agora irá se reverter, ou se o próximo máximo solar será muito fraco - as atividades do Sol seguem ciclos muito precisos de 11 anos.
Previsões à parte, o fato é que sempre há espaço para surpresas. A maior tempestade solar já registrada ocorreu em 1859. Ela foi tão forte que atingiu a Terra em 18 horas, quando o normal é que leve de três a quatro dias.
Mesmo em uma época onde as telecomunicações engatinhavam, houve relatos de interferências nas comunicações via rádio.
O impacto hoje seria provavelmente muito maior, devido à maior quantidade de equipamentos, embora as tecnologias de proteção dos equipamentos também tenham avançado.