Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/01/2025
Nave nuclear
No ano passado, a NASA surpreendeu ao detalhar o projeto de uma nave com propulsão nuclear, que poderá ter um protótipo de demonstração neste ano ou no próximo.
Mas a agência espacial está também considerando outra proposta, a propulsão nuclear elétrica, que emprega um reator nuclear para gerar eletricidade, que por sua vez é usada para alimentar motores iônicos, nos quais a energia ioniza, ou carrega positivamente, e acelera propelentes gasosos para fornecer impulso a uma nave espacial.
Pesquisadores do Centro de Pesquisas Langley já estão trabalhando em um sistema que pode ajudar a deixar a propulsão nuclear elétrica mais perto da realidade.
O projeto chama-se MARVL, sigla em inglês para "radiadores modulares montados para veículos de propulsão elétrica nuclear". O objetivo é pegar um elemento crítico da propulsão nuclear elétrica - seu sistema de dissipação de calor - e dividi-lo em componentes menores, que possam ser montados roboticamente e autonomamente no espaço.
Em sua configuração final, já no espaço, o conjunto de radiadores de dissipação de calor terá aproximadamente o tamanho de um campo de futebol, o que torna virtualmente impossível dobrar cuidadosamente um sistema tão grande dentro da ponta de um foguete.
"Ao fazer isso, eliminamos a necessidade de encaixar todo o sistema em uma única carenagem de foguete," disse Amanda Stark. "Por sua vez, isso nos permite flexibilizar um pouco o projeto e realmente otimizá-lo."
Montar uma nave no espaço
A equipe espera enviar todas as peças do sistema para o espaço, eventualmente aproveitando carona em vários foguetes, e depois montar tudo em órbita.
Uma vez no espaço, robôs poderão conectar os painéis do radiador do sistema de propulsão elétrica nuclear, através dos quais fluiria um líquido refrigerante metálico, provavelmente uma liga de sódio e potássio.
"Os veículos existentes nunca levaram em conta a montagem no espaço durante o processo de projeto, então temos a oportunidade aqui de dizer: 'Vamos construir este veículo no espaço. Como fazemos isso? E como é a aparência do veículo se fizermos isso?' Acho que isso vai expandir o que pensamos quando se trata de propulsão nuclear," disse Julia Cline, membro da equipe.
A NASA enquadrou o projeto na categoria de "Iniciativa de Carreira Inicial", dando à equipe dois anos para desenvolver o conceito.