Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/05/2019
Aviões elétricos
A NASA aprovou o financiamento para um projeto que pretende desenvolver uma nova tecnologia para alimentar aviões movidos inteiramente a eletricidade.
A ideia é usar as promissoras, mas ainda não totalmente práticas, células a combustível a hidrogênio.
"Essencialmente, o programa se concentra no desenvolvimento de uma plataforma de aeronave totalmente elétrica que usa hidrogênio líquido criogênico como método de armazenamento de energia," detalha o professor Phillip Ansell, da Universidade de Illinois, que irá chefiar o CHEETA, sigla em inglês para "Centro de Tecnologias Elétricas Criogênicas de Alta Eficiência para Aeronaves".
A energia química do hidrogênio será convertida diretamente em eletricidade em uma série de células a combustível, que então alimentarão motores elétricos de alta eficiência. O projeto pretende desenvolver esses motores de alta potência usando supercondutores, aproveitando o aparato criogênico que será necessário para manter o hidrogênio em segurança no interior dos tanques.
"É semelhante ao modo como os aparelhos de ressonância magnética funcionam," disse Ansell. "No entanto, esses sistemas de transmissão elétrica ainda não existem, e os métodos para integrar tecnologias de propulsão acionadas eletricamente em uma plataforma de aeronave ainda não foram estabelecidos. Esse programa procura resolver essa lacuna e fazer contribuições fundamentais em tecnologias que viabilizarão os aviões totalmente elétricos do futuro."
Propulsão criogênica
O centro responsável pelo desenvolvimento conta com a participação de engenheiros de cinco universidades, além de colaborações com a Boeing e a General Electric.
"Os avanços nos últimos anos em máquinas e motores não criogênicos trouxeram a propulsão elétrica dos jatos comerciais regionais para mais perto da realidade, mas os sistemas criogênicos práticos continuam a ser o 'santo graal' para as aeronaves grandes por causa de sua incomparável densidade de potência e eficiência. As parcerias que foram estabelecidas para este projeto nos posicionam bem para lidar com os obstáculos técnicos significativos que existem ao longo deste caminho," disse o professor Kiruba Haran, membro do grupo.