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Nanotecnologia ajuda a ver impressões digitais fracas e antigas

Phil Mercer - BBC - 06/06/2011

Nanotecnologia ajuda a ver impressões digitais fracas e antigas
A nanotecnologia revela detalhes muito mais nítidos de traços de aminoácidos de impressões digitais antigas do que os métodos usados até agora.
[Imagem: Xanthe Spindler]

Nanotecnologia forense

Pesquisadores australianos desenvolveram uma nova maneira de recuperar impressões digitais a partir de provas antigas.

Os cientistas da Universidade de Tecnologia de Sydney usaram a nanotecnologia para detectar impressões secas e fracas, que não são reveladas pelas técnicas tradicionais.

Os especialistas acreditam que esta seja uma técnica pioneira no mundo, com o potencial de ajudar policiais a reabrir casos até agora sem solução.

O objetivo dos pesquisadores é detectar as impressões digitais de qualquer época sobre qualquer superfície.

Exame de aminoácidos

Amostras que antes passavam despercebidas agora estão sendo reveladas por meio do uso de novos tratamentos químicos que têm os aminoácidos como alvo.

Os aminoácidos são moléculas encontradas frequentemente no suor - estando, por isso, presentes na maioria das impressões digitais.

A nanotecnologia revela detalhes muito mais nítidos de traços de aminoácidos de impressões digitais antigas do que os métodos usados até agora.

Enquanto a busca por aminoácidos nesta área vem sendo usada por várias décadas, os pesquisadores de Sydney estão empregando a nanotecnologia para dar detalhes mais nítidos a amostras já degradadas.

Casos sem solução

"Se nós conseguirmos algo que funcione muito bem e seja capaz de melhorar as impressões em evidências antigas, existe sempre o potencial para usar isto em casos sem solução (...) e em provas que podem estar paradas por muito tempo", diz Xanthe Spindler, integrante da equipe de pesquisadores.

"Isto é algo que deve expandir as fronteiras, devendo nos dar mais e melhores impressões digitais e devendo melhorar os índices de sucesso na solução de casos."

A pesquisa ainda está em andamento, e Spindler afirma que este é um passo importante no sentido de atingir um dos grandes objetivos da ciência forense: obter impressões digitais a partir da pele humana.

O projeto é uma colaboração entre acadêmicos de Sydney e de Canberra, junto da Polícia Federal australiana e da Universidade do Norte de Illinois, nos Estados Unidos.

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